O dólar teve um dia de oscilações e fechou em subida nesta sexta-feira (29), sendo vendido a R$ R$ 6,001, valor nominal atingido pela primeira vez na história. Na véspera, a moeda americana terminou cotada em R$ 5,98.
A Bolsa de Valores de São Paulo finalizou o dia se recuperando segmento das perdas dos últimos pregões, com subida de 0,85%, aos 125.667 pontos, depois ter iniciado a sexta em baixa.
No câmbio, a mote americana chegou a saber R$ 6,11 durante o expediente. Depois chegou a tombar depois declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e também de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota em que afirma que não haverá reforma tributária da renda caso não haja condições fiscais para isso.
“A questão de isenção de IR [Imposto de Renda], embora seja um libido de todos, não é taxa para agora e só poderá intercorrer se, e somente se, tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai intercorrer. Mas esta é uma discussão para a frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos”, afirmou.
Analistas de mercado têm indicado que a subida do dólar tem relação com o pregão do governo de isentar do Imposto de Renda (IR) quem recebe até RS 5 milénio mensais, taxando em mais 10% aqueles que ganham supra de R$ 50 milénio.
Ao apresentar as propostas aos líderes do Senado, nesta quinta-feira (28), o ministro da Herdade, Fernando Haddad, afirmou que o sonido gerado no mercado tem relação com as propostas de reforma tributária sobre a renda e pontuou que as mudanças terão impacto fiscal neutro, ou seja, o que for isentado de um lado, terá que ser compensado de outro.
“A reforma, tanto do consumo quanto da renda, é neutra do ponto de vista fiscal. Ninguém está disposto a votar uma reforma que não seja neutra. Isso será observado na lei ordinária que regula a material da reforma da renda”, explicou Haddad.
Incisão de gastos
O presidente do Senado também comentou as propostas para incisão de gastos, que preveem redução das despesas de tapume de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e de até R$ 327 bilhões em cinco anos, dizendo que é preciso que o Congresso Pátrio apoie essa iniciativa.
“É importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e incisão de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas. Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto uma vez que o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”, destacou Rodrigo Pacheco.
Lira reiterou o compromisso do Congresso com o tórax fiscal em postagem no X (idoso Twitter). Ele frisou que haverá presteza na estudo de propostas para ajuste das contas, mas que outras iniciativas, que implicam em repúdio fiscal, serão avaliadas com lupa.
“Toda medida de incisão de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, presteza e boa vontade da Lar, que está disposta a contribuir e aprimorar”, escreveu Lira. (Foto: Ag. Senado; Fontes: EBC; UOL)
Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o tórax fiscal. Toda medida de incisão de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, presteza e boa vontade da Lar, que está disposta a contribuir e aprimorar.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) November 29, 2024