O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a propor uma anistia universal aos acusados pelos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF). “Para pacificarmos o Brasil, alguém tem de ceder”, disse o ex-chefe do Executivo, ao avultar que o magistrado deveria dar o primeiro passo. A enunciação foi proferida durante entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, nesta quinta-feira, 28.
Porquê exemplo, Bolsonaro citou a Lei da Anistia, de 1979, que concedeu perdão aos perseguidos e perseguidores políticos durante o regime militar. Na ocasião, segundo Bolsonaro, “foi anistiada gente que matou, que soltou explosivo, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião”.
Bolsonaro considera que a anistia é o caminho para o restabelecimento da ordem no Brasil. “Não querem pacificar? Pacifica”, disse. “Não pode alguém findar perdendo a vida depois de lançar alguns fogos de artifício, manifestar que isso aí é o ódio do gabinete do ódio.”
“Se tivesse uma termo do Lula, ou do Alexandre de Moraes, no tocante à anistia, estava tudo resolvido.”
O ex-presidente ainda apelou aos ministros do STF para que considerem o perdão. “Não sou responsável, uma vez que o senhor ministro Alexandre diz, pela vida que ele não tem”, defendeu-se. “A vida dele é Supremo, moradia e um evento na moradia de um camarada, não tem vida social mais, mas não tenho zero a ver com isso.”
Ao todo, Bolsonaro e apoiadores são investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, pela suposta fala golpista e pelo interrogatório das fake news e milícias digitais.
“Não vamos falar que tem de fechar o Supremo, não é isso”, amenizou o ex-presidente. “Mas a atitude de alguns prejudica o Brasil.”