O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou sua intenção de se candidatar novamente à presidência do Brasil nas eleições de 2026, afirmando que espera base do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista ao Wall Street Journal, Bolsonaro disse que acredita que uma provável ação de Trump, com sanções econômicas contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poderia fortalecer sua candidatura. “Trump está de volta, e é um sinal de que nós também voltaremos”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro que tem uma possante relação com o Trump, revelou que acompanhou de perto as eleições norte-americanas ao lado de seu rebento, o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL). “Fiquei acordado a noite toda torcendo pelo grandão laranja”, contou, destacando a prestígio do retorno de Trump para o porvir político dos dois países.
Durante a entrevista, Bolsonaro exibiu um livro presenteado por Trump, que contém uma dedicatória com os dizeres: “Jair, você é GRANDE”. O ex-presidente brasílio também adaptou o famoso slogan da campanha de Trump, usando a frase “É hora do MAAGA — Make All Americas Great Again” (Tornar todas as Américas grandes novamente).
Apesar de sua intenção de disputar as eleições de 2026, Bolsonaro enfrenta desafios legais significativos. Ele foi sentenciado à inelegibilidade por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em seguida ser culpado de desfeita de poder político e uso indevido dos meios de notícia durante o processo eleitoral de 2022. O ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente do TSE, afirmou que Bolsonaro agiu “mentirosamente” ao alegar fraudes nas eleições sem apresentar provas.
Em resposta, Bolsonaro afirmou que, enquanto a Justiça Eleitoral não invalidar seu registro, ele considera sua candidatura válida. “Eles podem simplesmente procrastinar o supremo provável… até a eleição completar”, disse, referindo-se à possibilidade de o processo eleitoral ser prolongado.
O ex-presidente também comentou sobre o indiciamento recente pela Polícia Federalista, que investiga sua participação em um provável esquema de golpe de Estado. Bolsonaro se defendeu, afirmando ser vítima de uma perseguição política liderada por Lula e juízes alinhados à esquerda. “Eles não querem somente que eu fique recluso, eles querem que eu morra”, afirmou, ao exibir uma cicatriz na ventre proveniente da facada que sofreu em 2018.
Bolsonaro negou novamente as acusações de crimes contra a Constituição, alegando que sua postura nas eleições de 2022 foi motivada somente pelo questionamento legítimo dos resultados. “Eles me atacaram, me chamando de covarde”, disse ele, referindo-se aos ataques de seus apoiadores mais radicais, aos quais ele tentava moderar com suas declarações.