A Justiça de São Paulo mandou a Meta, empresa dona do Instagram, retirar do ar comentários racistas contra Milla Vieira, Miss Universe São Paulo. A decisão foi tomada na quarta-feira (25) e atinge comentários vindos de 93 usuários da rede.
O juiz Antonio Manssur Fruto, da 2ª Vara Cível de São Paulo, pelo Pensão Regional Tatuapé, deu cinco dias para a Meta satisfazer sua decisão, que é liminar. Ainda determinou que a empresa forneça dados para verosímil identificação dos autores das postagens.
Desde janeiro, o delito de injúria racial é equiparado ao delito de racismo.
Milla Vieira foi eleita Miss Universe São Paulo em 24 de julho. A partir daí, passou a ser objectivo de ofensas racistas. “Vc não tem venustidade pra ser miss! E vc sabe disso!”, escreveu um usuário do Instagram identificado uma vez que Natan Silva, de quem perfil é privado.
No dia 30, o Brasil de Trajo noticiou os ataques à protótipo, que desabafou. “Eu não tenho sossego, eu não tenho tranquilidade. É 24 horas por dia as pessoas ali no meu perfil me xingando, me difamando”, relatou.
Com dez anos de curso, Milla soma conquistas. Atualmente, ela é contratada de uma das agências mais famosas do mundo e já fez trabalhos para grandes marcas.
A organização do Miss Universe repudiou os ataques à MIlla em um vídeo. “Não existe lugar na organização Miss Universe Brasil, uma vez que não deve viver lugar no mundo, a pessoas que defendem o racismo”, disse Gerson Antonelli, CEO do concurso.
Edição: Raquel Setz
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