O governador Claudio Castro (PL) e a SuperVia assinaram, nesta terça-feira (26), um conformidade que dará início à saída da atual concessionária para que uma novidade empresa assuma a operação do sistema de trens urbanos na capital e região metropolitana do Rio.
O poder público e a empresa farão os aportes necessários para o funcionamento do sistema até a chegada de uma novidade operadora, com prazo supremo de 9 meses.
“A perspectiva é de melhorar o serviço e a capacidade de transporte, fazer um período de transição para depois fazer uma novidade licença com pé e cabeça e com perspectiva de entrega de um bom serviço. A pandemia pegou uma licença que já era ruim, um contrato ruim com envolvente péssimo, gerou uma tempestade perfeita e quem mais sofreu foi o cidadão, o usuário”, disse Castro.
O governo do Rio de Janeiro vai nomear um observador para orientar e seguir as decisões operacionais e financeiras da SuperVia. Ainda segundo o conformidade, o governo fará aportes financeiros de R$ 300 milhões, recursos destinados à operação e investimentos. Já a controladora Gumi Brasil se compromete a aportar R$ 150 milhões para pagamento de credores.
A transição está prevista para ocorrer em um período de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Ao termo do prazo, ocorrerá a extinção automática e imediata do contrato de licença.
O governador garantiu que os passageiros não enfrentarão aumento de tarifa neste período e que benefícios porquê tarifas sociais seguem em vigor. Desde fevereiro de 2024, o dispêndio da tarifa é de R$ 7,10.
A traço operada pela SuperVia tem 270 quilômetros de trilhos, oito ramais e 104 estações na capital e mais 11 cidades da Região Metropolitana. A empresa divulgou que a média diária de passageiros transportados até junho deste ano foi de 306 milénio.
Histórico
Em abril de 2023, a Secretaria Estadual de Transportes do Rio recebeu um ofício da Supervia, comunicando que desistiria da licença do sistema de trens urbanos na região metropolitana.
A companhia alega, entre outros motivos, a perda da receita com a pandemia, o prejuízo com o rapinagem de cabos e o frigoríficação da tarifa. A empresa está em recuperação judicial desde junho de 2021.
Reclamações sobre as condições do serviço prestado pela concessionária SuperVia fazem segmento da rotina de milhares de passageiros no Rio. as principais causas da insatisfação são os atrasos, a interrupção frequente de viagens, a superlotação, a instabilidade e a falta de acessibilidade.
Nascente: BdF Rio de Janeiro
Edição: Vivian Virissimo