A Polícia Federalista (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de “forma direta e efetiva” nos atos executórios para tentar um golpe de Estado em 2022.
A informação está no relatório no qual a PF indiciou Bolsonaro e mais 36 acusados por “golpe de Estado e extinção violenta do estado democrático de Recta”. O sigilo foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes, relator do chamado interrogatório do golpe.
De contrato com a PF, Bolsonaro tinha conhecimento sobre o planejamento das ações para constatar contra a democracia brasileira.
“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o logo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de estado e da extinção do estado democrático de Recta, indumento que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”, diz o relatório.
O relatório foi enviado para estudo da PGR (Procuradoria-Universal da República). O órgão é o responsável por julgar as provas e resolver se denuncia ou não os investigados.
Segundo a corporação, os 37 envolvidos cometeram três crimes: tentativa de extinção violenta do Estado democrático de Recta, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas somam de 12 a 28 anos de prisão, desconsiderando os agravantes.
Bolsonaro negou na segunda-feira (25) que tivesse conhecimento sobre planos apurados pela PF para “executar” Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. “Esquece, nunca. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte”, afirmou.
O ex-presidente, porém, confirmou que discutiu com aliados e militares a possibilidade de legislar estado de sítio em seguida a guião na disputa eleitoral de 2022. “Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas, senão não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da suplente e mais meia dúzia de oficiais. É um contraditório o que estão falando”, disse Bolsonaro.
“Da minha segmento nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse pedir golpe para mim, ia falar, tá, tudo muito, e o ‘after day’? E o dia seguinte, porquê é que fica? Uma vez que fica o mundo perante a nós. (…) A termo golpe nunca esteve no meu léxico.”. E mais: Senado aprova Cultura Cristã porquê sintoma da cultura pátrio. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Natividade: EBC; Folha de SP)