A Marinha do Brasil refutou as informações de que teria tanques disponíveis para uma tentativa de golpe, conforme indicado por uma troca de mensagens identificada pela Polícia Federalista (PF). Em nota divulgada nesta quarta-feira (27), a instituição se colocou à disposição para fornecer esclarecimentos sobre o ponto.
“Em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a realização de ações que tentassem suprimir o Estado Democrático de Recta”, diz trecho do expedido da Marinha.
“Sublinha-se que a estável prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais não foi e nem será desviada para servir a iniciativas que impeçam ou restrinjam o tirocínio dos Poderes Constitucionais”, acrescenta.
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No relatório final da PF sobre o questionário da suposta tentativa de golpe no país depois as eleições de 2022, um contato chamado “Riva” encaminha uma mensagem dizendo: “O Alte Garnier é PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos”. O personagem citado era o logo comandante da Marinha, almirante Almir Garnier.
Ainda na nota divulgada nesta quarta, a Marinha brasileira reforça que seus “atos são pautados pela rigorosa observância da legislação, valores éticos e transparência”: “Demais, a MB [Marinha do Brasil] encontra-se à disposição dos órgãos competentes para prestar as informações que se fizerem necessárias para o inteiro explicação dos fatos, reiterando o compromisso com a verdade e com a justiça”.
O relatório da Polícia Federalista sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, formado por quase 900 páginas, indicia 37 pessoas — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo os investigadores da PF, os indiciados integravam “organização criminosa, estruturalmente ordenada, com repartição de tarefas e utilização de órgãos, estrutura e agentes públicos, que praticaram ações voltadas a desestabilizar o Estado Democrático de Recta”.
Natividade/Créditos: Publicação Brasil
Créditos (Imagem de envoltório): Foto: Divulgação/Ministério da Resguardo