Depois da divulgação das mensagens de celular que revelam que o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria concordado com projecto de golpe de Estado e até disponibilizado “tanques prontos”, a força militar nega, nesta quarta-feira (27), “ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados” para uma suposta ruptura democrática.
A conversa foi encontrada durante investigação da Polícia Federalista (PF) sobre o suposto projecto golpista para impedir posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seguida eleições de 2022.
“Atos são pautados pela rigorosa observância da legislação”, diz Marinha
Em nota, a Marinha nega existência desses “tanques prontos” para um golpe. Segundo expedido da força, a prontidão dos meios navais, aeronavais e dos fuzileiros navais permanece voltada exclusivamente para as atribuições institucionais, não sendo desviada para iniciativas que possam impedir ou restringir o funcionamento dos Poderes Constitucionais.
No documento, a Marinha fala em “matérias veiculadas na mídia”. As reportagens a que a força se refere se baseiam em mensagens encontradas pela PF que mostram uma conversa com um contato identificado porquê “Riva”. Na troca de textos, o interlocutor diz que o almirante Garnier era um “coligado”.
Material da investigação veio à tona nessa terça (26), em seguida Moraes retirar sigilo do relatório da PF sobre interrogatório que apura suposta trama golpista.
Leia nota da Marinha:
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
NOTA À IMPRENSA
Em relação às matérias veiculadas na mídia que mencionam ‘tanques na rua prontos para o golpe’, a Marinha do Brasil (MB) afiança que em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a realização de ações que tentassem suprimir o Estado Democrático de Recta.
Sublinha-se que a estável prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais não foi e nem será desviada para servir a iniciativas que impeçam ou restrinjam o treino dos Poderes Constitucionais.
A Marinha do Brasil, instituição vernáculo, permanente e regular, assegura que seus atos são pautados pela rigorosa observância da legislação, valores éticos e transparência. Demais, a MB encontra-se à disposição dos órgãos competentes para prestar as informações que se fizerem necessárias para o inteiro explicação dos fatos, reiterando o compromisso com a verdade e com a justiça.