Força Marítima desmente informações do questionário e reafirma compromisso com a democracia
A Marinha do Brasil (MB) negou veementemente as acusações de que teria disponibilizado tanques para um suposto projecto de golpe em 2022, conforme indicado no relatório da Polícia Federalista (PF) divulgado na última terça-feira (26).
Em enviado solene, a instituição classificou as informações veiculadas uma vez que falsas:
“Em relação às matérias veiculadas na mídia que mencionam ‘tanques na rua prontos para o golpe’, a Marinha do Brasil (MB) afiança que em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a realização de ações que tentassem suprimir o Estado Democrático de Recta.”
Compromisso com as Investigações
A Marinha também destacou sua disposição em colaborar com as investigações:
“Demais, a MB encontra-se à disposição dos órgãos competentes para prestar as informações que se fizerem necessárias para o inteiro justificação dos fatos, reiterando o compromisso com a verdade e com a justiça.”
O Caso no Relatório da PF
O questionário da Polícia Federalista afirma que, à estação, o almirante Almir Garnier, portanto comandante da Marinha, teria disponibilizado tanques para o suposto projecto golpista. Segundo mensagens incluídas no relatório, uma pessoa identificada pelo codinome “Riva” escreveu:
“O Alte Garnier é PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos.”
A PF sugere que Garnier teria sido o único comandante das Forças Armadas a estribar a teoria. Já o general Freire Gomes, do Tropa, e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, da Aviação, decidiram não participar do projecto.
A Marinha, todavia, refutou as alegações, reforçando que não houve qualquer envolvimento de seus veículos blindados ou ordens que configurassem tentativa de subversão da ordem democrática.
Confira a nota na íntegra:
Em relação às matérias veiculadas na mídia que mencionam “tanques na rua prontos para o golpe”, a Marinha do Brasil (MB) afiança que em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a realização de ações que tentassem suprimir o Estado Democrático de Recta. Sublinha-se que a manente prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais não foi e nem será desviada para servir a iniciativas que impeçam ou restrinjam o tirocínio dos Poderes Constitucionais. A Marinha do Brasil, instituição pátrio, permanente e regular, assegura que seus atos são pautados pela rigorosa observância da legislação, valores éticos e transparência. Demais, a MB encontra-se à disposição dos órgãos competentes para prestar as informações que se fizerem necessárias para o inteiro justificação dos fatos, reiterando o compromisso com a verdade e com a justiça.