A prévia da inflação, medida pelo Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Grande 15 (IPCA-15), registrou subida de 0,62% em novembro, supra dos 0,54% observados em outubro e das expectativas de 0,48% apontadas por analistas. Em 12 meses, o índice acumula subida de 4,77%, ultrapassando o teto da meta de inflação, fixada em 4,5% para 2024.
De pacto com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços avaliados apresentaram aumento nos preços, com destaque para Sustento e bebidas, que teve a maior variação e impacto no índice universal. O grupo avançou de 0,87% em outubro para 1,65% em novembro, impulsionado por itens porquê óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Entre as carnes, o acém liderou as altas, com 10,02%. Em contrapartida, registraram quedas a cebola (-11,86%), o ovo de penosa (-1,64%) e as frutas (-0,46%).
A alimento fora do estância desacelerou de 0,66% para 0,57%, com uma menor subida nos preços das refeições (0,38%) em confrontação ao mês anterior, enquanto o lanche teve ligeiro aceleração (0,78%).
No grupo Despesas Pessoais, o aumento do cigarro (4,97%) foi o principal responsável pelo resultado, atribuído ao reajuste do IPI a partir de 1º de novembro. Já no grupo Habitação, o aumento foi de 0,22%, desacelerado pelo comportamento da pujança elétrica residencial (0,13%), devido à adoção da bandeira amarela, que acrescenta R$ 1,885 por 100 kWh consumidos.
Transportes apresentou subida de 0,82%, com destaque para o aumento de 22,56% nas passagens aéreas, maior impacto individual no índice (0,14 p.p.). A gasolina também registrou subida (0,07%), enquanto o etanol (-0,33%) e o óleo diesel (-0,17%) apresentaram redução.
Entre as regiões, todas as onze áreas pesquisadas tiveram aumento em novembro. Recife liderou com variação de 0,94%, impulsionada pela subida da gasolina (6,34%) e das passagens aéreas (21,12%). Em Porto Contente, a menor variação (0,25%) refletiu a redução nos preços da pujança elétrica (-1,67%) e da gasolina (-1,31%).