A Justiça de São Paulo condenou o pastor Silas Malafaia a publicar uma retratação em suas redes sociais em seguida declarações feitas durante um ato de base ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em fevereiro deste ano. A informação é do colunista Rogério Gentile, do UOL.
Malafaia afirmou que, em 2017, o Partido dos Trabalhadores (PT) teria invadido o Congresso Pátrio para tentar destituir Michel Temer da presidência.
“Em 2017, o PT invadiu o Congresso Pátrio. Quebra-quebra. Sabe por que eles invadiram? Para derrubar o presidente Temer. Não foram chamados de golpistas, mas de manifestantes. Em 2017, tacaram lume no Ministério da Cultura, ninguém chamou de golpista”, declarou na ocasião.
A fala do pastor fazia referência a dois eventos ocorridos em 2017. Em abril daquele ano, um protesto contra a reforma da Previdência resultou em tumultos e na quebra de vidraças no Congresso Pátrio. Já em maio, durante um ato que reuniu murado de 45 milénio pessoas contra o governo Temer, prédios da Esplanada dos Ministérios foram evacuados em seguida episódios de vandalismo, incluindo o incêndio em uma sala do Ministério da Cultura.
Na estação, o governo atribuiu os episódios a centrais sindicais, e o PT negou envolvimento direto nos protestos, conforme reportagem do UOL.
Em sua resguardo, o partido argumentou na ação judicial que a fala de Malafaia buscava fabricar uma equivalência entre os protestos de 2017 e os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram prédios públicos em Brasília.
“O intuito do requerido [Malafaia] é, na verdade, confrontar as manifestações ocorridas em 2017 com o ato antidemocrático de 8 de janeiro de 2023 – duas realidades completamente diferentes”, destacou o PT na ação.
Malafaia alegou que desconhecia a privação de envolvimento do PT nos eventos mencionados. Segundo seu jurisconsulto, Jorge Vacite Neto, “o requerido recebeu a informação, harmónico, razoável e até mesmo esperada, da participação do partido na organização e realização do evento, e realmente acreditou, até o momento em que teve entrada ao presente processo, tratar-se de um movimento também organizado e com participação ativa do PT”.
Apesar de ter determinado a retratação pública, sob pena de multa diária de R$ 1.000, limitada a R$ 100 milénio, o juiz Valdir Queiroz Junior rejeitou o pedido de indenização de R$ 20 milénio apresentado pelo PT. Tanto Malafaia quanto o partido podem recorrer da decisão. E mais: Senado debaterá ‘viés político e ideológico’ contra agronegócio em livros didáticos. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Manadeira: UOL)