O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terreno (MST) intensificou a pressão pela substituição do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, alegando insatisfação com as metas reduzidas de assentamento e as políticas destinadas a pequenos agricultores. A reportagem é do jornal O Orbe.
Embora o MST tenha uma relação histórica com o Partido dos Trabalhadores (PT), a liderança do movimento considera que os compromissos assumidos pelo Luiz Inácio Lula da Silva não estão sendo cumpridos.
Paulo Teixeira, filiado ao PT, defende que está negociando com o governo alternativas para atender às reivindicações do movimento, uma vez que o uso de propriedades rurais penhoradas por dívidas judiciais para a reforma agrária.
Entretanto, o MST avalia que o processo de utilização dessas terras será demorado e que as metas propostas pelo ministério para 2024, de aterrar 20.490 famílias, estão muito aquém das 60 milénio que o movimento considera necessárias, equivalentes ao totalidade de famílias acampadas atualmente.
Diego Moreira, integrante da direção vernáculo do MST, argumenta que a gestão atual está longe de atender às demandas. “Não tem nenhuma questão de caráter pessoal, mas nós precisamos tutelar a nossa base, assentada e acampada. Logo, se o presidente do Incra e o ministro não estão tendo condições de dar encaminhamento à taxa da reforma agrária, é digno da segmento deles colocar o incumbência à disposição do presidente”, afirmou, segundo reportagem do O Orbe.
Dirigentes do MST, em declarações reservadas, de concórdia com o veículo, classificam uma vez que insustentável a perpetuidade de Teixeira no incumbência. Uma reunião com o presidente Lula está prevista para tratar do insatisfação com as ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Pátrio de Colonização e Reforma Agrária (Incra), liderado por Cesar Aldrighi.
De concórdia com o MST, as políticas do atual governo estão muito aquém das ações implementadas nos primeiros mandatos de Lula. Moreira reforça a sátira: “O que nós vamos proferir para o presidente é que o Ministério do Desenvolvimento e o Incra, do jeito que estão, não têm condições de tocar a taxa da reforma agrária. A agenda do governo Lula 3 está muito aquém do que foi nos governos Lula 1 e 2. Tanto do ponto de vista das políticas de desenvolvimento dos assentamentos quanto de obtenção de terras para a reforma agrária.”
Enquanto isso, Paulo Teixeira garante que cumprirá a meta de aterrar 15.605 famílias até o final de 2023 e destaca a recente publicação de uma portaria que regulariza o uso de imóveis de devedores da União no programa de assentamentos. (Foto: EBC; Nascente: O Orbe)