O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou neste domingo (25) a reportagem do jornal New York Times, que apontou o Supremo Tribunal Federalista (STF) uma vez que responsável por desmontar a Operação Lava Jato.
Com o título “Um caso de prevaricação que se espalhou pela América Latina está sendo dissolvido”, o item destacou que decisões do STF resultaram na anulação de 115 condenações no Brasil, incluindo casos de suborno que envolviam altos executivos e políticos.
Bolsonaro utilizou o texto uma vez que base para criticar as ações do tribunal e a situação institucional do país. “A reportagem publicada pelo New York Times neste domingo expõe, com transparência, a sisudez da crise institucional e moral que o Brasil está atravessando desde o termo do nosso governo”, afirmou.
Críticas ao desmonte da Lava Jato
O New York Times descreveu a Lava Jato uma vez que uma das maiores iniciativas anticorrupção da história, que revelou esquemas de propina envolvendo ao menos 12 países e bilhões de dólares. No entanto, segundo o jornal, decisões recentes do STF anularam condenações e suspenderam multas, enfraquecendo o combate à prevaricação.
Bolsonaro corroborou as críticas, afirmando que as decisões do STF refletem “abusos e excessos que estão manchando a imagem do Brasil no exterior, corroendo a credibilidade de nossas instituições e comprometendo a percepção dos investidores internacionais”.
Ele também acusou o tribunal de “blindar amigos, quase sempre de esquerda, enquanto persegue membros da oposição ao atual governo”. Segundo o ex-presidente, o Brasil deixou de ser um Estado de reverência às leis e tornou-se um “promotor de impunidade de aliados”.
Verificação com o Wall Street Journal
O ex-presidente lembrou ainda que o New York Times não foi o único a criticar o cenário brasílico. Ele citou um editorial recente do Wall Street Journal, que também fez uma estudo negativa sobre a politização de instituições. “A politização de instituições que não deveriam ser políticas é um retrocesso no combate à prevaricação”, declarou Bolsonaro, acrescentando que isso transforma o Brasil em um “paraíso da impunidade”.
Apelo à classe política
Bolsonaro encerrou sua avaliação com um apelo: “Nossa missão é clara: pacificar, reconciliar e resgatar o Brasil que acreditamos ser provável”. Ele pediu união entre políticos, empresários e prensa para retomar o que chamou de “rumo patente”.
“Não se pode permitir que alguns poucos continuem agindo uma vez que um instrumento de perseguição política e devastação de adversários, enquanto protegem aqueles que fazem segmento do seu círculo de interesses. O Brasil merece um horizonte onde a lei seja igual para todos, onde os culpados sejam punidos e os inocentes não sejam perseguidos.”
O ex-presidente concluiu reforçando a urgência de erigir um país que respeite a justiça e a liberdade. “A história está nos observando, e o povo está clamando por justiça, liberdade e verdade.”. Clique AQUI para ver a reportagem do The New York Time (para assinantes) e leia inferior na íntegra a avaliação feita pelo ex-presidente.
“– A reportagem publicada pelo New York Times neste domingo expõe, com transparência, a sisudez da crise institucional e moral que o Brasil está atravessando desde o termo do nosso governo.
– Em vez de fomentar narrativas absurdas e típicas de regimes autoritários, uma vez que a falsa denunciação de que a oposição teria tramado um golpe, o jornal se volta aos verdadeiros problemas do país e expõe uma vez que os abusos e excessos que estão manchando a imagem do Brasil no exterior, corroendo a credibilidade de nossas instituições, comprometendo a percepção dos investidores internacionais e criando uma série de problemas domésticos e externos.
– O texto revela ao mundo uma vez que o desmonte de um dos maiores esforços globais contra a prevaricação é, na verdade, somente um dos muitos sintomas de instituições que têm se deixado contaminar pela lógica política e que tem atuado para blindar amigos, quase sempre de esquerda, enquanto persegue membros da oposição ao atual governo, sempre de direita.
– O texto do New York Times não deixa dúvidas: o aparelho do estado está liderando um processo de instrumentalização e desmonte institucional que coloca em risco a própria credibilidade do Brasil no cenário internacional.
-Segundo o jornal, ao invalidar provas, anular condenações e beneficiar empresas e figuras envolvidas nos maiores escândalos de prevaricação da história, o Brasil de hoje não é um Estado que cultiva e promove o reverência à lei, mas que promove a impunidade de aliados – em evidente contraste com a postura e a retórica adotadas contra alvos uma vez que os presos políticos do 8 de janeiro.
– Assim uma vez que o recente editorial do Wall Street Journal, o New York Times faz uma estudo sombria do horizonte do Brasil caso leste ciclo de devastação institucional continue. A politização de instituições que não deveriam ser políticas não é somente um retrocesso no combate à prevaricação, mas uma mensagem clara de que o Brasil de hoje está voltando a ser um paraíso da impunidade, onde os poderosos podem fazer o que quiserem, sem qualquer temor de punição, enquanto as vozes dissidentes são perseguidas, rotuladas de anti-democráticas e caladas.
– Essa situação é um alerta para o mundo e para os brasileiros. Não se pode permitir que alguns poucos continuem agindo uma vez que um instrumento de perseguição política e devastação de adversários, enquanto protege aqueles que fazem segmento do seu círculo de interesses.
– O Brasil merece um horizonte onde a lei seja igual para todos, onde os culpados sejam punidos e os inocentes não sejam perseguidos. A luta pela liberdade e pela verdade tem que ser de todos. Só poderemos erigir o país que queremos deixar para as futuras gerações se todos os brasileiros de muito se unirem em torno de valores e causas duradouras.
– Por isso, volto a fazer um apelo sincero à classe política, aos líderes empresariais e àqueles que têm voz na prensa: precisamos restituir o Brasil ao rumo patente. A história está nos observando e o povo está clamando por justiça, liberdade e verdade.
– Nossa missão é clara: pacificar, reconciliar e resgatar o Brasil que acreditamos ser provável.” (Foto: EBC)