O motorista Arilton Bastos Alves, de 41 anos, foi liberado pela Polícia Social posteriormente prestar testemunho na sede do 5º Departamento de Polícia Social em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, Minas Gerais.
Ele conduzia a carreta envolvida no grave acidente que deixou 41 mortos na BR-116, no último sábado (21). Notas ficais apontam que a trouxa saiu do Ceará e seguia para o Espírito Santo.
Sem falar com a prensa, Arilton saiu escoltado de seus advogados, que prestaram esclarecimentos aos jornalistas na porta da delegacia. O motorista foi liberado posteriormente prestar testemunho.
“Uma vez que a representação pela prisão preventiva do suspeito foi indeferida pela Justiça e que não estavam mais configuradas as hipóteses taxativas de prisão em flagrante (art. 302 do Código de Processo Penal), o motorista foi liberado”, afirma a Polícia Social de Minas Gerais.
Raony Scheffer, um dos defensores, afirmou que a tragédia não foi causada por erro humano, mas por uma lacuna mecânica no ônibus envolvido no acidente. Ele também pediu solidariedade às famílias das vítimas e às pessoas feridas.
Scheffer explicou que Arilton tinha uma decisão judicial que revogava a suspensão de sua CNH, contradizendo informações iniciais. Sobre o motivo da fuga do sítio do acidente, o jurista justificou: “Ele saiu do sítio porque, naquele momento, ele desceu da carreta, foi verificar o que aconteceu e entrou em pânico em virtude de ver a seriedade do acidente, do ônibus estar pegando queima. Ele preocupou também com a sua integridade física, a sua proteção pessoal, e acabou saindo do sítio porque não tinha condições nenhuma de prestar qualquer tipo de suporte, qualquer tipo de assistência, qualquer tipo de socorro”.
Segundo Scheffer, posteriormente a colisão, Arilton retornou à sua residência em Barra de São Francisco, no Espírito Santo. O jurista também alegou que não há evidências de excesso de velocidade ou sobrecarga na carreta. “A questão do excesso de trouxa é responsabilidade da empresa”, completou.
Leandro Simões, jurista da transportadora dona da carreta, também falou à prensa e garantiu que a empresa colaborará com as autoridades durante as investigações, aguardando os resultados da perícia policial.
A colisão ocorreu nas primeiras horas de sábado (21), no km 285 da BR-116, na comunidade rústico de Lajinha, em Teófilo Otoni.
O acidente envolveu um ônibus da empresa Emtram, um caminhão e um carruagem de passeio. Todas as 41 vítimas fatais estavam no ônibus, que seguia de São Paulo para três cidades da Bahia. No Fiat Argo, veículo de passeio envolvido no acidente, estavam três passageiros, todos sobreviventes. (Fontes: Itatiaia; Terreno)
O motorista da carreta envolvida no acidente com 41 mortos, em uma rodovia em Minas Gerais, prestou testemunho à polícia na tarde desta segunda-feira (23) e foi liberado. O varão era procurado desde sábado (21), quando fugiu logo posteriormente o acidente #CNNBrasilPrimeTime pic.twitter.com/0mqgRhHwfW
— CNN Brasil (@CNNBrasil) December 24, 2024