De 28 a 30 de novembro, João Pessoa receberá o I Festival Literário Internacional da Paraíba – FliParaíba, que promete ser um marco cultural na cidade. Com o tema ‘Camões 500 anos – uma novidade cidadania para a língua’, o evento acontecerá no Meio Cultural São Francisco, no Meio Histórico de João Pessoa, das 9h às 21h, com ingresso gratuita.
O objetivo é promover a literatura paraibana, o intercâmbio entre escritores do Brasil com outros de países lusófonos, além de estimular nos jovens o hábito da leitura e da produção literária. A programação diversificada inclui mesas literárias, shows musicais, recitais, exposições e estandes de editoras.
Entre os nomes confirmados à programação, estão o plumitivo angolano António Quino, o poeta brasiliano Alexei Bueno e a pesquisadora italiana Maria Bochicchio. Na sexta-feira (29), às 10h, Alexei Bueno e Maria Bochicchio participarão da mesa ‘Identidade e reconhecimento: Camões, o estrangeiro’, ao lado do professor Milton Marques Júnior, perito em literatura clássica e membro da Ateneu Paraibana de Letras.
Em outubro, José Manuel Diogo, mensageiro de Coimbra, reuniu-se com o governador da Paraíba, João Azevêdo, o secretário de Cultura, Pedro Santos, e Nana Garcez, iretora da Empresa Paraibana de Notícia, para alinhar os detalhes da programação do Festival Literário Internacional da Paraíba (FliParaíba) e firmar uma parceria histórica entre Paraíba e Coimbra (PT).
O encontro teve porquê objetivo estruturar a programação do festival, que, segundo o mensageiro, traz importantes reflexões sobre a língua portuguesa e nossa legado cultural.
“Esse festival marca o início de uma parceria histórica com Coimbra, a cidade mais antiga da língua portuguesa, unindo nossas culturas em uma celebração conjunta de festivais literários. Será um encontro inédito e transformador entre Portugal e Brasil, reafirmando o poder da vocábulo escrita e o diálogo cultural entre os dois países”, destacou Diogo.
Atrações musicais e culturais
O FliParaíba trará ainda uma série de apresentações culturais de destaque. A Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) abrirá o evento com um concerto peculiar na quinta-feira (28), às 21h, apresentando um repertório que vai de Mozart a Villa-Lobos, sob a regência do maestro prateado Gustavo de Paco de Gea.
O festival também conta com apresentações do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima), que trará intervenções musicais ao longo dos três dias, destacando talentos da rede pública de ensino e comunidades vulneráveis da Paraíba.
Na sexta-feira (29), às 19h, o poeta Jessier Quirino fará um recital no palco montado no átrio do Meio Cultural São Francisco. Sabido por seu humor e trova matuta, Jessier é uma figura icônica da cultura nordestina e um dos mais renomados poetas populares da atualidade.
Shows de fecho
Na sexta-feira (29), às 19h, o poeta popular de Itabaiana (PB) Jessier Quirino fará recital no palco. Arquiteto por profissão, poeta por vocação e matuto por crença, é logo que se define o poeta, que assevera sua predileção artística dizendo-se ser um “prestador de atenção das coisas do mato”. Paraibano de Prado Grande (e rebento adotivo de Itabaiana, onde reside desde 1983), Jessier Quirino é, hoje, um dos nomes reconhecidos no meio artístico pátrio e mais um digno representante da cultura popular nordestina. Tem mais de 10 livros publicados.
O fecho no sábado (30), a partir das 20h, fica por conta de Sandra Belê e Chico César, que sobem ao palco para festejar a música feita na Paraíba.
Procedente de Catolé do Rocha, Chico César é referência na música brasileira, com repercussão internacional, com seus mais de 30 anos de curso e diversos discos lançados. Em 1995, lançou o primeiro CD “Aos Vivos” (Velas), acústico e ao vivo, com participações de Lenine e Lany Gordin. A partir de portanto, se sucederam inúmeros discos e shows que engrossaram sua curso, com parcerias com grandes nomes na música pátrio e internacional. Entre seus trabalhos mais recentes está “Ao Calefrio da Lei”, disco em parceria com Zeca Baleiro lançado oriente ano, totalmente formado à intervalo por conta das restrições da pandemia. No trabalho, a parceria inaugurada há 32 anos por Chico e Zeca foi retomada com uma novidade safra de mais de 20 canções.
A também paraibana Sandra Belê, oriundo de Zabelê, é compositora e percussionista. Em 2025 completará 25 anos de curso, com cinco trabalhos fonográficos lançados. Seu jeito único de interpretar as canções que lhe chegavam virou a sua marca. Na gravação do seu primeiro disco, o “Nordeste Valente” (2004), teve a chance de saber grandes artistas que lhe inspiram até dias atuais: Sivuca e Marinês, na procura de gravar a música “Reunião de tristeza”, de Sivuca. Já subiu ao palco para trovar ao lado de Dominguinhos e da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba. Mais tarde, cantaria ao lado de Elba Ramalho que a convidou para subir ao palco, situação que se repetiu com Chico César em São Paulo. Seu disco mais recente é “Cantos de cá” (2020).
Exposições e estandes
Além das mesas de discussão e atrações musicais, o FliParaíba terá exposições artísticas, incluindo uma dedicada a Luís de Camões, e estandes de editoras e livrarias que promoverão lançamentos de livros. O evento visa fomentar o intercâmbio cultural entre escritores brasileiros e lusófonos, além de incentivar o hábito da leitura entre jovens e promover a literatura paraibana.
Realização e pedestal institucional
O FliParaíba é uma realização do Governo da Paraíba, através de várias secretarias, porquê a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Instauração Espaço Cultural (Funesc), em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA). A iniciativa procura fortalecer os laços culturais entre Brasil e Portugal, promovendo a língua portuguesa em suas diversas expressões.
Para maiores informações sobre inscrições e a programação completa, acesse a página do evento:
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Edição: Cida Alves