O editorial da Folha de S.Paulo desse sábado (24) aborda a trajetória de mais de três décadas do programa de privatizações no Brasil, levado por governos democraticamente eleitos, que desafiou preconceitos e teorias catastróficas.
O texto destaca que, nas décadas de 1980 e 1990, vender grandes empresas estatais porquê Embraer, Vale, e setores estratégicos porquê telefonia e vigor elétrica parecia impensável. Todavia, “tudo isso foi feito —e com grande sucesso”, sublinha o editorial.
O veículo também critica a ineficiência do Estado na gestão de empresas públicas, que muitas vezes estavam à mercê de conveniências políticas. O texto afirma que, atualmente, “o inconcebível hoje é que tais atividades e serviços públicos já tenham estado à mercê da ineficiência da gestão pública e das conveniências políticas dos governos de vez”.
A resguardo da privatização é fortalecida ao mencionar que até administrações de esquerda, tradicionalmente contrárias à alucinação de empresas, acabaram reconhecendo os benefícios de concessões em setores porquê estradas, ferrovias, portos e aeroportos.
A reportagem destaca que, segundo dados do Datafolha, a sociedade brasileira está se tornando cada vez mais favorável às privatizações já realizadas ou em curso, porquê no setor de telefonia, saneamento e vigor. Essa mudança de percepção social é evidenciada pelo editorial, que expressa espanto ao constatar que ainda restam “123 empresas sob controle direto ou indireto do Tesouro Pátrio”.
O texto também critica o que labareda de “conglomerado anacrônico”, referindo-se às estatais ainda sob controle do governo, onde unicamente três gigantes —Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federalista— controlam 75 subsidiárias no Brasil e no exterior. O editorial questiona o motivo de manter essas empresas sob o comando do Estado, afirmando que esse ostentação é mantido “sobretudo, por interesses políticos e sindicais” que utilizam “pretextos nacionalistas e estratégicos para preservar o poder de lotear cargos, partilhar favores e bancar projetos de retorno duvidoso”.
O editorial não poupa críticas ao aparelho e à má gestão que frequentemente envolvem empresas porquê Petrobras e Caixa Econômica Federalista, mencionando que, apesar de alguns ajustes legislativos terem melhorado a governança, essas empresas continuam sob metódico ameaço de retrocessos. ”
O caminho a seguir é a privatização criteriosa, com modelos que incentivem a competição e regulação que salvaguarde os interesses dos consumidores”, conclui o editorial, sugerindo que ainda há muito trabalho a ser feito no sentido de convencer a sociedade e implementar um processo de privatização que realmente traga benefícios ao país. Clique AQUI para ler na íntegra. (Foto: EBC)
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