Nesta quarta-feira (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou as comparações feitas entre ele e o ditador venezuelano Nicolás Maduro. A provocação veio após Maduro declarar que as urnas brasileiras são “inauditáveis”, gerando polêmica. Bolsonaro compartilhou uma coluna de Raquel Landim no UOL, onde ela chama a declaração de Maduro de “bolsonarista”. Com humor, Bolsonaro respondeu: “Maduro is my friend. Kkkkkkkkkkkkk [Maduro é meu amigo]”, zombando da situação.
Esse episódio acontece em meio a uma troca de acusações entre Maduro e seu antigo aliado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula afirmou ter ficado assustado com declarações de Maduro sobre um possível “banho de sangue” e “guerra civil” na Venezuela, especialmente em um contexto eleitoral. As falas do ditador venezuelano sugerem um cenário de violência caso ele não vença as eleições, o que intensificou a tensão entre os líderes.
Maduro, em resposta, sugeriu que os assustados tomassem “chá de camomila” e criticou os sistemas eleitorais de outros países. Ele alegou que a Venezuela possui o melhor sistema eleitoral do mundo, com 16 auditorias. Essa afirmação foi acompanhada de críticas aos sistemas dos Estados Unidos, Brasil e Colômbia, considerados por ele como “inauditáveis”. Essas declarações geraram uma onda de reações nas redes sociais brasileiras.
A comparação de Maduro com Bolsonaro surge devido às críticas do ex-presidente brasileiro às urnas eletrônicas no Brasil. Durante seu mandato, Bolsonaro frequentemente questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro, o que gerou debates acalorados. Agora, a declaração de Maduro parece ecoar esse mesmo tom crítico, criando um paralelo irônico que foi prontamente explorado por Bolsonaro.
A troca de farpas entre Lula e Maduro revela uma ruptura na antiga aliança entre os dois líderes de esquerda.
Lula, que sempre manteve uma postura de apoio a Maduro, agora se vê em uma posição de desconforto diante das declarações incendiárias do venezuelano. Essa nova dinâmica pode influenciar as relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela, além de impactar a percepção pública sobre ambos os líderes.
Maduro, por sua vez, continua a defender seu regime, apresentando o sistema eleitoral venezuelano como exemplar. No entanto, suas críticas aos sistemas eleitorais de outros países, especialmente ao Brasil, alimentam a controvérsia e reforçam a imagem de um líder em busca de legitimidade interna e externa. A reação de Bolsonaro, ao satirizar a situação, apenas adiciona mais combustível ao debate público sobre governança e eleições na América Latina.
Direita Online
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