As críticas de Luis Stuhlberger, um dos mais renomados gestores do Brasil, ao governo petista refletem uma preocupação crescente sobre a gestão econômica sob a liderança de Lula. Stuhlberger destaca que o governo do PT tem uma tendência de “acelerar” demais na tentativa de promover o crescimento econômico através de gastos excessivos, o que, segundo ele, obriga o Banco Central a adotar medidas contrárias para equilibrar a economia. Esse desequilíbrio, como aconteceu durante o governo de Dilma Rousseff, pode resultar em consequências desastrosas.
A visão de Stuhlberger é clara: a política fiscal do PT, especialmente sob o atual governo Lula, está em desacordo com princípios econômicos sustentáveis. Ele argumenta que a crença do governo de que o aumento dos gastos públicos resultará automaticamente em crescimento econômico é equivocada. Historicamente, essa abordagem tem falhado em diversos países, levando a crises econômicas ao invés de prosperidade.
O novo arcabouço fiscal, descrito por Stuhlberger como uma “peça de ficção”, não inspira confiança nos mercados.
Ele critica os cálculos superestimados de receita e subestimados de despesas pelo Ministério da Fazenda, ressaltando que esses erros de cálculo inviabilizam qualquer tentativa de contingenciamento eficaz. A preocupação é que, se o governo continuar nessa trajetória, a desvalorização do real pode ser inevitável, fazendo com que o dólar atinja níveis recordes, como R$ 7.
A decisão da gestora Verde de ajustar suas posições em abril, trocando títulos do Tesouro IPCA+ por TIPS (títulos americanos indexados à inflação), indica uma resposta estratégica às políticas econômicas brasileiras.
Esta mudança de estratégia permitiu que a Verde mitigasse as perdas iniciais e se posicionasse melhor frente à deterioração do cenário econômico doméstico.
Stuhlberger, que já havia confiado na possibilidade de seriedade fiscal por parte do PT, agora se mostra cético. Ele se arrepende dessa confiança anterior e alerta que, se o governo não ajustar sua postura fiscal, as consequências econômicas serão severas. Este aviso serve como um lembrete de que a gestão econômica deve ser prudente e baseada em princípios sólidos, evitando políticas populistas que apenas agravem a situação fiscal do país.
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