Com a proximidade do termo do ano, milhões de trabalhadores aguardam o pagamento do 13º salário, um recta guardado desde 1962 pela Lei 4.090. Dividido em duas parcelas, a primeira deve ser paga até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o mercê deverá injetar tapume de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira até dezembro, o que representa aproximadamente 3% do Resultado Interno Bruto (PIB).
Diante da chegada do numerário, dúvidas comuns surgem: quitar dívidas, investir ou aproveitar para o consumo? Para Paula Sauer, professora de Economia da ESPM e profissional em Economia Comportamental, o ideal é lastrar as prioridades financeiras, considerando a situação de cada pessoa: “O décimo terceiro é um recurso sempre bem-vindo, mas muitas vezes utilizado com menos cautela que o salário mensal.”
Para quem está sem dívidas: poupar é o caminho
A recomendação principal para quem está com as contas em dia é usar o 13º uma vez que oportunidade de produzir ou substanciar uma suplente de emergência. Segundo o Doutor em Governo de Empresas e Ensino, Ahmed?Sameer El Khatib, não é necessário vigilar todo o valor, mas encontrar um estabilidade.
“Defina um percentual para investir ou poupar e outro para o consumo. A suplente financeira deve ser o primeiro direcção do numerário, para atender possíveis imprevistos no horizonte”, sugere o profissional.
Entre as opções de investimento, ele destaca a previdência privada, títulos públicos atrelados ao IPCA e aportes em metas específicas, uma vez que a realização de um sonho ou um projeto de longo prazo.
Para quem tem dívidas: prioridade no pagamento
Já para aqueles que enfrentam dívidas, a recomendação é clara: utilizar o 13º salário para quitá-las, principalmente as que possuem juros mais altos, uma vez que as de cartão de crédito e cheque peculiar.
“É uma decisão lógica. Não faz sentido buscar investimentos que rendem 10% ao ano, se você paga juros de mais de 100% anuais em dívidas”, ressalta Ahmed. Ele alerta que o endividamento descontrolado compromete a saúde financeira e deve ser tratado uma vez que prioridade antes de pensar em poupança ou consumo.
Sauer complementa: “Pessoas endividadas, por exemplo, acabam utilizando o valor para compras de Natal, uma vez que se fossem recursos separados.”
Planejamento é fundamental
Independentemente da situação financeira, os especialistas orientam que o uso do 13º salário seja pautado pelo planejamento. Revisar o orçamento, varar gastos supérfluos e definir metas claras de pequeno, médio e longo prazo ajudam a dar direção ao numerário extra.
Para quem deseja aproveitar as festas de termo de ano, o sigilo é evitar compras por impulso e estabelecer um limite de gastos, que, idealmente, não ultrapasse 20% do salário. Essa estratégia permite manter as contas equilibradas, principalmente nos meses iniciais do próximo ano, que costumam ser marcados por despesas uma vez que IPTU, IPVA e material escolar.
Favor movimenta a economia e alivia o bolso
Além de beneficiar os trabalhadores, o pagamento do 13º salário também impulsiona o transacção e o setor de serviços, ajudando empresas a ressarcir perdas e aumentar vendas. Segundo Sauer, o décimo terceiro salário é uma oportunidade para reorganizar as finanças, planejar o horizonte e perceber maior segurança econômica. Independentemente de uma vez que utilizá-lo, o importante é alinhar o uso desse recurso às prioridades e objetivos financeiros, garantindo que ele seja um coligado na construção de um 2025 mais próspero.