O Ministério Público da Venezuela abriu uma investigação contra a direitista María Corina Machado, líder da oposição e ex-deputada, sob acusações de “traição à pátria”, conspiração com país estrangeiro e associação criminosa.
A medida foi anunciada depois Machado expressar pedestal a um projeto bipartidário dos Estados Unidos que critica o regime do ditador Nicolás Maduro.
Em enviado, o MP afirmou que as declarações de Machado sobre o projeto a implicam em “ações graves” contra os interesses nacionais. “As declarações públicas que a referida fez a reverência desse irritante projeto de lei a envolvem gravemente e constituem a prática dos crimes de traição, conspiração com país estrangeiro e associação criminosa.”
O órgão também acusou a ex-deputada de promover “traição econômica”, afirmando que suas ações geraram prejuízos financeiros ao país.
Machado já havia sido impedida pela Justiça venezuelana de concorrer a cargos públicos pelos próximos 15 anos, inviabilizando sua candidatura presidencial. O Tribunal Supremo de Justiça, desempenado ao governo chavista, acusou-a de participar de uma suposta “trama de prevaricação”.
A investigação contra Machado ocorre em meio à repressão a outros membros da oposição. Edmundo González, ex-candidato e coligado de Machado, exilou-se na Espanha depois a Justiça venezuelana enunciar um mandado de prisão contra ele.
A oposição venezuelana denuncia fraude eleitoral no governo de Maduro e reivindica vitória nas urnas.