A Universidade de São Paulo (USP) causou polêmica nas redes sociais em seguida incluir a filósofa Marilena Chauí em um levantamento que homenageia professores negros da faculdade. A iniciativa, que partiu da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), selecionou os educadores a serem honrados tendo uma vez que base a autodeclaração dos próprios docentes.
– A novidade gestão da direção da FFLCH iniciou um mapeamento inédito da docência negra em nossa unidade, que será desenvolvido com a devida atenção nos próximos anos. Nascente é um projeto de pesquisa em sua temporada embrionária que pretende reconstituir e explorar a trajetória de professoras/es negras/os que atuaram e atuam em nossa faculdade para dar visibilidade e reconhecimento à presença e à memória da docência negra – disse a USP.
Foram e são docentes que atuam e atuaram em diferentes áreas do conhecimento das humanidades, sendo que várias/os delas/es colaboraram ativamente na construção de diferentes políticas públicas, inclusive a de cotas raciais, e na ampliação e efetivação dos direitos humanos – completou a universidade.
As declarações foram divulgadas no site da USP, em uma página destinada ao projeto. Nela, são exibidas fotos em preto e branco de cada um dos homenageados. A situação chamou a atenção de internautas que consideram que o fenótipo de Chauí não condiz com o de uma pessoa negra. O caso rendeu comentários na rede social X e comparações com o critério de aprovação de cotistas, que é muito mais rigoroso.
– Com quanto anos vocês descobriram que Marilena Chauí era negra? Eu descobri aos 60. Está no site da USP. Olhando assim, não diria, mas uma vez que sei que as bancas de heteroidentificação da USP não dão tenro para pardos, há de ser verdade.
No site, ela vem logo depois de Milton Santos. Justo – ironizou um usuário da plataforma.
– É nisso que dá banalizar a negritude, seguindo um padrão importado, ainda por cima. É uma farsa, no final das contas. A negritude virou uma roupa da voga que usam quando lhe é profíquo – adicionou outra.
– Um ótimo parâmetro para os alunos em litígio com as bancas de heteroidentificação – satirizou mais um.
A filósofa em questão tornou-se conhecida por ser uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) e ter atuado uma vez que secretária de Cultura de São Paulo entre os anos de 1989 a 1992. Informações Pleno News