Subprocurador pede suspensão dos salários de Bolsonaro e outros 24 militares indiciados por suposta tentativa de golpe
O subprocurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP do TCU), solicitou a suspensão dos salários do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 24 militares indiciados pela Polícia Federalista (PF), acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
De concordância com a PF, o projecto elaborado em 2022 incluía o homicídio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes.
“A situação concreta que temos diante de nossos olhos sobressai do escopo do razoável e beirada ao contraditório”, afirmou Furtado no pedido protocolado na sexta-feira (22).
Impacto Financeiro
Os salários dos militares indiciados variam de R$ 10 milénio a R$ 40 milénio, totalizando um gasto anual de aproximadamente R$ 8,8 milhões. Para Furtado, as ações atribuídas ao grupo representaram uma prenúncio direta aos valores democráticos, justificando a suspensão de seus vencimentos.
Bloqueio de Bens e Entrada ao Sindicância
Além da suspensão salarial, o subprocurador solicitou o bloqueio de bens no valor de R$ 56 milhões dos indiciados, incluindo Bolsonaro. Furtado também pediu o compartilhamento do sindicância, atualmente sob sigilo, com o TCU para subsidiar a estudo das medidas propostas.
Situação Atual
Segundo informações do Tribunal de Contas da União, o processo para julgar a suspensão dos salários dos envolvidos ainda não foi iniciado.