O programa dominical “Fantástico”, transmitido pela Globo, atravessa a maior crise desde sua criação há 50 anos. Segundo dados recentes do Ibope, o programa apresentado por Poliana Abritta e Maju Coutinho perdeu 730 mil telespectadores somente na cidade de São Paulo na última semana. Esse dado sugere que, em âmbito nacional, a perda de audiência supera facilmente 1 milhão de pessoas, conforme reporta o UOL.
Nos últimos dez anos, o “Fantástico” sofreu uma queda significativa, perdendo cerca de 40% de seu público total. Criado por Boni, ex-diretor da Globo, o “Fantástico” foi concebido como uma revista eletrônica e marcou época com sua relevância e audiência. Entretanto, a drástica redução na audiência é um indicativo claro de que o programa não está conseguindo se reinventar para manter seu público fiel.
Há uma década, o “Fantástico” era sintonizado por 56% dos aparelhos de TV ligados no Brasil.
Atualmente, de acordo com a Kantar Media, considerando também celulares e laptops, a participação (share) do programa caiu para aproximadamente 33%. Este declínio mostra que o programa não tem conseguido competir efetivamente com outras formas de entretenimento e informações que se tornaram mais acessíveis com a era digital. Essa queda na audiência não é um problema isolado do “Fantástico”, mas reflete uma tendência maior enfrentada pela televisão tradicional em todo o mundo.
A mudança nos hábitos de consumo de mídia, com o crescimento das plataformas de streaming e o aumento do acesso à internet, tem levado muitos espectadores a buscar conteúdo sob demanda, ao invés de seguir a programação fixa da TV aberta.
O cenário atual sugere que, se a Globo não encontrar uma forma de inovar e adaptar o “Fantástico” às novas dinâmicas de consumo de mídia, o programa poderá continuar a perder relevância e audiência. A emissora enfrenta o desafio de modernizar seu conteúdo e suas formas de interação com o público, a fim de reconquistar e manter a audiência que tem migrado para outras plataformas.
Pouco a pouco, chegará o fim da Vênus Platinada. A Globo, outrora imbatível em audiência e influência, agora precisa enfrentar as novas realidades do mercado de mídia e encontrar maneiras criativas de se manter relevante na era digital. A trajetória do “Fantástico” nos próximos anos será um indicativo importante de como a emissora lidará com esses desafios.
Fonte: BRASIL ONLINE
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