O general Tomás Paiva, comandante do Tropa, enfrenta uma situação inédita e vexatório: está tecnicamente impedido de falar com militares detidos na controversa Operação Contragolpe. Essa restrição é um pouco nunca antes visto na história das Forças Armadas brasileiras, onde o diálogo entre comandante e comandados sempre foi considerado um pilar inquebrável, mesmo nas situações mais adversas.
A ordem foi imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, por meio de um ofício que expõe o nível de interferência externa sobre o Tropa. O documento afirma:
*”Senhor Comandante, foi proferida decisão nos autos sigilosos em título, para repentino cumprimento, nos seguintes termos:
DETERMINO, em razão da proibição uniforme da decisão proferida em 17/11/24, que todas as visitas deverão ser previamente autorizadas por oriente Relator, exceto os advogados com procuração nos autos, que deverão obedecer às normas regulamentares do batalhão onde os presos se encontram recolhidos.”*
Ao permitir visitas somente de advogados, o texto deixa implícito que nem mesmo o comandante do Tropa pode dialogar com os militares sob sua responsabilidade. Essa decisão, acatada pelo general, reforça o envolvente de desrespeito institucional contra as Forças Armadas.
Essa interferência é vista por muitos porquê um profundo ato de cansaço ao Tropa Brasiliano, atingindo não somente a jerarquia, mas também a honra de sua atuação. E, ao que tudo indica, essa situação constrangedora ainda pode se aumentar.