O presidente também citou a crise climática no mundo. “O planeta não espera para cobrar da próxima geração, e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos, de negligência do auxílio financeiro aos países pobres que mais necessitam. 2024 caminha pra ser o ano mais quente da história moderna. Secas e inundações na África e na Europa. No Sul do Brasil, a maior enchente. Incêndios florestais se alastraram pelo país. O meu governo não terceiriza responsabilidade nem abdica da sua soberania”, ressaltou.
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Segundo Lula, 9% da população mundial está subnutrida. “O problema é principalmente grave na África e na Ásia, mas também persiste na América Latina. Pandemias, conflitos armados, eventos climáticos e subsídios a países ricos ampliam esse flagelo. Mas a miséria decorre sobretudo de escolhas políticas. O mundo produz o suficiente, o que falta é entrada aos provisões. A Federação Global será um dos principais resultados da presidência brasileira no G20. Todos que quiserem se somar a esse esforço serão bem-vindos”, disse.
Mais uma vez, o presidente brasílico cobrou reforma no Recomendação de Segurança da ONU. “É hora de restituir à organização as prerrogativas que decorrem da sua exigência de fórum internacional. Não bastam ajustes pontuais, precisa de ampla reforma. A transformação do Recomendação Econômico e Social é o principal fórum para inspirar instituições financeiras. A reforma do Recomendação de Segurança, com foco em sua constituição, método de trabalho, recta de veto de modo a torná-lo mais efetivo. A exclusão da América Latina é repercussão incabível de dominações passadas”, criticou.
Joe Biden e COP30
A expectativa é que, depois de Lula, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também discurse. No entanto, oriente ano, o foco no país norte-americano está reduzido, já que o mandatário não disputa a reeleição.
O Brasil recebe mais prestígio ao apinhar a presidência do G20 e a sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém (PA).
Desde 1955, o presidente brasílico de vez é responsável pela primeira fala entre os chefes de Estado no evento, sendo seguido pelo presidente dos Estados Unidos, país onde fica a sede da ONU e anfitrião do encontro.
Parar-fogo inesperado em Gaza
Antes de Lula, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, demonstrou preocupação com as guerras em curso no mundo. “Hoje, um número crescente de governos se sentem no recta de um ‘jail free card’. Podem violar leis internacionais, a convenção de direitos humanos. Podem invadir outro país e ignorar o bem-estar das pessoas e zero vai intercorrer. Vemos a impunidade em todo lugar. Civis pagam o preço”, lamentou.
Para Guterres, “Gaza é um pesadelo sem termo”. “Prenúncio levar toda a região consigo, vejam o Líbano. Tínhamos de estar alarmados com a escalada, o Líbano está por um fio. O Líbano não pode se tornar outra Gaza. Zero justifica os atos de terror do Hamas em 7 de outubro ou a tomada de reféns. Zero justifica o punimento coletivo do povo palestino”, afirmou.
O secretário-geral da ONU também defendeu cessar-fogo inesperado na região. “A matança em Gaza é um tanto nunca visto por mim em meus anos. A comunidade internacional precisa se mobilizar por um cessar-fogo inesperado, incondicional soltura de reféns e primórdio de uma solução de dois Estados”, destacou.
Colapso climatológico
Segundo Guterres, o planeta vive “um colapso climatológico, (com) temperaturas extremas, fogos sem controle, inundações. Não são desastres naturais, mas desastres humanos, impulsionados pelos combustíveis fósseis”.
“Enquanto o problema piora, as soluções melhoram com virilidade limpa. Não gera só virilidade, mas trabalhos e saída da pobreza. Mas os países em desenvolvimento não podem ser saqueados em suas jornadas, é preciso de jeitos renováveis”, explicou.
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