Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) no Tocantins denunciam que foram objectivo de uma ação violenta da Polícia Militar (PM) do estado para desocupação de uma espaço ocupada porquê uma sintoma da Jornada Vernáculo de Combate à Violência Contra as Mulheres e Meninas.
A ocupação foi realizada na madrugada de sábado (23), em Porto Vernáculo (TO). Tapume de 50 famílias do MST foram à Rancho Carmo. Segundo o MST, a espaço tem 1.603 hectares e fazia secção do projeto de Assentamento Retiro. O movimento informa que o lote 23 do terreno foi grilado por um quinteiro que já é proprietário de outras terras na região.
A ocupação foi realizada porquê um ato em procura de justiça sobre a propriedade da espaço. Logo que ela ocorreu, no entanto, policiais militares detiveram três pessoas que participaram dele. O MST diz que as prisões foram arbitrárias.
Ainda segundo o movimento, uma das pessoas detida foi torturada. A vítima, que teve seu nome preservado pela reportagem, teria sido colocada no porta-malas de uma viatura descaracterizada. Aliás, um spray de pimenta teria sido lançado, causando sufocamento.
A vítima foi levada para Palmas e submetida a um inspecção de corpo de delito no Instituto Médico Permitido (IML) na capital.
Segundo o MST, as forças de segurança do Estado do Tocantins “têm atuação favorável aos interesses do agronegócio e fazendeiros, comprometendo a imparcialidade e a neutralidade em conflitos fundiários no estado, com abordagens violentas, violações de direitos humanos e detenções arbitrárias”.
“Denunciamos com muita indignação as violações de direitos humanos cometidas pelas forças de segurança pública do Estado do Tocantins contra trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra em Porto Vernáculo. As nossas vozes por terreno e justiça nunca serão caladas pela violência do Estado”, declarou o movimento.
Procurada pelo Brasil de Roupa, a PM-TO ainda não se pronunciou. A reportagem será atualizada caso haja uma resposta.
Edição: Douglas Matos