O legista Cezar Bittencourt, que representa o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, voltou detrás em seguida declarar que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria conhecimento de um suposto projecto para um golpe de Estado e para chacinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em entrevista à GloboNews, Bittencourt inicialmente afirmou que Bolsonaro “sabia de tudo”. “Na verdade, comandava essa organização”, declarou, atribuindo a fala a informações fornecidas por Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federalista (STF).
No entanto, minutos depois, o legista negou ter mencionado um “projecto de morte”.
“O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo, mas não tem zero outrossim. Eu não falei em projecto de morte, de realização. Falei da realização do projecto pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido”, esclareceu Bittencourt em novidade enunciação.
Mauro Cid, que prestou testemunho ao STF na última terça-feira (19), negou qualquer envolvimento em um suposto projecto de golpe. Ele foi interrogado em seguida a Polícia Federalista restaurar dados apagados de seu computador, que indicavam reuniões e movimentações suspeitas em dezembro de 2022. Apesar de considerar as respostas de Cid evasivas e suspeitar que ele tenha postergado informações cruciais, o ministro Alexandre de Moraes decidiu, na quinta-feira (22), manter os termos do concordância de delação premiada do ex-ajudante de ordens.
Todos os indícios apontam que a PF não conseguiu encontrar zero de sólido com Mauro Cid… Vale ressaltar que, em março deste ano, Cid foi recluso novamente por descumprimento de cautelares impostas e por obstrução de Justiça. Na ocasião, houve o vazamento de áudios em que o ex-ajudante de ordens critica a atuação do relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes, e afirma que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”.