Esquecida e sem qualque relevância, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que foi relatora da CPMI do 8 de Janeiro, afirmou que o trabalho da percentagem trouxe elementos fundamentais para os indiciamentos no famigerado interrogatório sobre a tal tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federalista por tentativa de cessação violenta do Estado democrático de recta, golpe de Estado e organização criminosa. Um dos nomes é o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual indiciamento havia sido recomendado no relatório da CPMI.
“Dos 37 nomes indiciados hoje, 11 constavam no relatório da CPI do 8 de janeiro, o que nos evidencia, de forma muito clara, que a percentagem estava no caminho visível. Ela foi certeira e realmente caminhou naquilo que deveria caminhar, tanto que nós temos hoje esse resultado”, disse a relatora ao comentar os indiciamentos.
O relatório da percentagem, validado em outubro de 2023, teve 61 pedidos de indiciamento. Além de Bolsonaro, foram indiciados vários integrantes de seu governo, muitos deles militares.
Foram cinco meses de trabalho da percentagem que, na visão de Eliziane Gama, contribuíram para os indiciamentos desta quinta-feira. O resultado do trabalho da percentagem foi entregue ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, depois que ele assumiu o incumbência, em dezembro de 2023.
“A informação que ele nos passou foi de que todo o conjunto de informações do relatório seria considerado. Logo, para nós, isso foi um oferecido muito importante”, disse a senadora, ao lembrar que tanto o indiciamento quanto uma verosímil denúncia por segmento da Procuradoria-Universal da República (PGR) precisam ser baseados em um conjunto robusto de provas para prometer a efetividade da Justiça
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