A relação entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Centrão, conjunto que reúne parlamentares com grande peso nas articulações do Congresso Pátrio, entrou em uma novidade tempo de tensão. O motivo? O que muitos têm descrito uma vez que um “cheque sem fundos” emitido por Lula. Promessas feitas em troca de escora político não foram cumpridas, gerando insatisfação crescente entre os parlamentares do conjunto, liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Essa ruptura pode ter consequências profundas na governabilidade do país em 2025, já que o Centrão começa a provar disposição para dar sequência a pautas impulsionadas pela oposição logo no início do próximo ano. Entre os projetos que podem continuar, destacam-se aqueles que representam riscos diretos para o governo Lula, uma vez que revisões de medidas econômicas, críticas à meio fiscal e até mesmo iniciativas que questionam sua liderança política.
A insatisfação no Centrão não é somente uma questão de promessas não cumpridas. A prelo tem escoltado com atenção a crise, e a cobertura da situação tem sido principalmente ácida para com o conjunto. Recentemente, grandes veículos de informação passaram a primar o “calote político” uma vez que uma evidência de que o grupo foi tapeado por Lula.
Para o Centrão, essa exposição pública, somada ao descrédito entre seus próprios eleitores, tornou a situação insustentável. Parlamentares que outrora mantinham associação estratégica com o governo agora se veem pressionados a se posicionar de maneira mais contundente para preservar suas bases eleitorais.
Outro substância que torna esse cenário ainda mais multíplice é a ação do ministro da Justiça, Flávio Dino, que colocou a Polícia Federalista no peugada de parlamentares do Centrão. Segundo fontes próximas ao governo, a ação estaria ligada a investigações sobre possíveis irregularidades cometidas por membros do conjunto. Ainda que Dino negue qualquer motivação política, o momento em que as operações ocorrem tem gerado fortes reações entre os parlamentares.
Muitos consideram a movimentação uma retaliação por secção do governo, tentando enfraquecer o conjunto e seus líderes.
Arthur Lira, que foi um dos grandes responsáveis por prometer a aprovação de importantes pautas para o governo em 2024, agora emerge uma vez que figura-chave na oposição. Com poderes expressivos na definição da tarifa da Câmara, ele pode colocar em votação projetos que impeçam o progressão de medidas importantes para o governo Lula, além de declamar movimentos que favoreçam os adversários políticos do presidente. O verosímil alinhamento de Lira com a oposição cria um envolvente de instabilidade ainda maior para o Planalto.
Enquanto isso, o Centrão, que sempre foi uma força política pragmática, parece estar repensando sua estratégia em relação ao governo. O conjunto tem se mostrado menos receptivo a propostas de diálogo por secção do Planalto, deixando simples que, sem cumprimento das promessas, não haverá espaço para reaproximação. Esse solidão pode resultar em uma verdadeira guerra política no início de 2025, com impactos diretos na agenda de reformas e na meio do país.
Do lado do governo, há sinais de preocupação crescente. Apesar do esforço para minimizar o impacto da crise, membros da base aliada reconhecem que a deterioração da relação com o Centrão pode levar a um cenário em que o governo fique completamente só no Congresso. Sem o escora necessário para concordar projetos e com a oposição fortalecida, Lula pode enfrentar dificuldades ainda maiores para governar no próximo ano.
Aliás, a percepção de que o presidente teria “ludibriado” o Centrão reforça um exposição da oposição que vinha ganhando força nos últimos meses: o de que Lula não teria habilidade para edificar pontes políticas de forma duradoura. Esse exposição tem encontrado repercussão não somente entre adversários tradicionais do governo, mas também entre setores da sociedade social que observam com suspeição a capacidade de pronunciação do atual governo.
A crise entre o governo e o Centrão não é um fenômeno só. Ela reflete um cenário político mais extenso, marcado por polarização, incertezas econômicas e desafios institucionais. Para muitos analistas, a deterioração dessa relação pode ser vista uma vez que um sintoma de um problema maior: a dificuldade de se governar em um sistema político que depende fortemente de coalizões heterogêneas e muitas vezes instáveis.
Em meio a esse cenário, o presidente Lula terá que fazer escolhas difíceis nos próximos meses. Virar a crise com o Centrão exigirá mais do que promessas; será necessário provar capacidade de entrega e disposição para negociar de maneira transparente e eficiente. Por outro lado, ceder demais ao conjunto pode ser visto uma vez que um sinal de fraqueza, o que também traria consequências negativas para o governo.
Com a oposição ganhando fôlego e o Centrão sinalizando que não está disposto a concordar mais “calotes”, 2025 promete ser um ano turbulento para o governo Lula. A ingresso da Polícia Federalista na equação, sob o comando de Dino, somente adiciona mais tensão ao tabuleiro político. Em meio a tudo isso, o desgaste público causado pela prelo, que não tem poupado críticas ao Centrão e ao governo, deve cevar ainda mais as chamas desse embate.
Resta saber se Lula conseguirá volver a situação ou se estará diante de um dos maiores desafios políticos de sua trajetória. Para muitos, o cenário que se desenha pode ser o prenúncio de mudanças ainda mais profundas no cenário político vernáculo.