O Supremo Tribunal Federalista (STF) ouve nesta segunda-feira 23 seis testemunhas em um processo contra a deputada federalista Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, réus por invasão a sistemas do Poder Judiciário.
O início dos depoimentos está marcado para 14h. Entre as pessoas que serão ouvidas estão auxiliares da deputada e do hacker, além de um servidor do Recomendação Pátrio de Justiça (CNJ). A lista completa de depoentes tem os seguintes nomes:
- Renan Cesar Silva Goulart, ex-assessor de Zambelli;
- Thiago Eliezer Martins dos Santos, que já foi réprobo com Delgatti no caso da invasão de celulares na ‘Vaza-Jato’;
- Jean Hernan Guimarães Vilela, assessor da deputada;
- Rosfran Lins Borges, servidor do CNJ;
- Cristiane de Brum Nunes Marim, ex-assessora de Zambelli;
- Luan Rocha Brito.
O STF investiga, no caso, acessos indevidos ao sistema do CNJ em janeiro de 2023, posteriormente denúncia da Procuradoria-Universal da República. Durante a invasão foram inseridos dados falsos, uma vez que um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF – relator do caso.
“Os acusados buscavam obter vantagem de ordem midiática e política, que adviria do projeto de desmoralização do sistema de Justiça, muito uma vez que fomentar danos ao funcionamento da máquina administrativa judiciária”, escreveu o Procurador-Universal da República, Paulo Gonet, na denúncia que levou o caso ao tribunal.
Zambelli e Delgatti respondem, nesse processo, pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar a 6 anos de prisão, além de multa.
As investigações da Polícia Federalista indicam que Zambelli teria procurado o hacker no término de 2022 e afirmado que ele teria “ocupação reservado” caso conseguisse invadir o celular de Moraes em procura de “conversas comprometedoras”. A “promessa” teria sido feita às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP), em um posto de gasolina.
Sem sucesso na empreitada, a dupla teria arquitetado a inclusão do mandado falso de prisão uma vez que se tivesse sido ordenado por Moraes contra ele próprio. No curso da investigação, uma operação da PF prendeu Delgatti e cumpriu mandados de procura e mortificação em endereços ligados à deputada.
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