Os pedidos de recuperação judicial aumentaram. Foram registrados 162 em outubro de 2023 e 223 no mesmo mês de 2024. Os dados indicam uma subida de 37,7% no período de 1 ano.
O número de outubro de 2024 representa o terceiro maior do ano, ficando detrás somente dos computados nos meses de julho e agosto, de contrato com a Serasa Experian.
Um levantamento feito pela empresa de lucidez geográfica Cortex apontou que o negócio varejista no Brasil tem sido marcado por um movimento intenso de fenda e fechamento de pontos de venda (PDVs).
Entre janeiro de 2014 e agosto de 2024, houve inauguração de 11,6 milhões de lojas, o equivalente a 91 milénio novos estabelecimentos abertos ao mês. Porém, no mesmo período, foram fechadas 7 milhões de lojas, indicando que 55 milénio pontos de venda cerraram as portas a cada 30 dias nos últimos 10 anos, em média. A cada 10 lojas abertas, seis (60,8%) fecham as portas no Brasil.
A pesquisa conta com dados da Cortex, além da Receita Federalista e do Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE). Foram analisados Classificação Pátrio das Atividades Econômicas (CNAEs) de 22 ramos do varejo.
O estudo apontou ainda que, ao longo dos últimos 10 anos, os MEIs (microempreendedores individuais) aparecem uma vez que maioria de empresas abertas, representando 69% das inaugurações. Já entre as empresas que fecharam, ganham destaque as microempresas, que respondem por 88% do termo das atividades no período.
A gerente de produtos de dados da Cortex, Isabela Albuquerque, disse que o principal motivo para o fechamento é a falta de planejamento para os negócios e a falta de entrada ao crédito. Fora isso, secção das empresas não conseguiram entrar na chamada revolução do dedo e não tiveram ações uma vez que delivery e vendas pelas redes sociais para serem mais competitivas. As informações são do Poder360 e da Folha de S.Paulo.