A vereadora de Porto Contente Fernanda Barth (PL) cobrou ações do poder público, em relação à tragédia das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. A parlamentar falou em “preterição e negligência” por segmento do governo do Estado gaúcho e do governo federalista.
“O Rio Grande do Sul sofre uma catástrofe ideológica”, disse a vereadora, em entrevista a Oeste. “É uma parceria de transgressão de preterição e negligência entre a União e o Estado.”
A grande enchente atingiu 478 municípios e deixou 182 pessoas mortas, 31 desaparecidas e mais de 2,3 milhões afetadas.
Fernanda explicou à reportagem que o Rio Guaíba concentra atualmente 35 milénio m² de areia e terreno. Segundo a vereadora, a “Ilhéu de Porto Contente”, conforme Fernanda batizou o sítio, é um “revérbero da exiguidade de 20 anos do processo de dragagem”.
O assoreamento de um rio é o acúmulo de terreno, lixo e material orgânica em seu fundo. A dragagem ou desassoreamento é justamente a remoção desse acúmulo.
A parlamentar também defende o retorno da mineração. De congraçamento com a vereadora, o Ministério Público (MP) barrou essa prática em 2012.
À era, o MP pediu à Instalação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para iniciar o zoneamento do sítio. Mas, isso ainda não foi feito, segundo Fernanda.
“A dragagem e o desassoreamento consistem em retirar a areia de um ponto e colocar em outro”, explicou. “A depender do movimento do rio, a terreno volta para o mesmo lugar. A mineração retira a areia e a utiliza comercialmente.”
“Ilhéu de Porto Contente”, no Rio Grande do Sul
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, no último sábado, 20, Fernanda expõe a situação do assoreamento do Rio Guaíba, que banha a capital gaúcha.
Na publicação, a vereadora está em cima dos 35 milénio m² de terreno acumulada no meio do rio, sítio que ela apelidou, ironicamente, de “Ilhéu de Porto Contente”.
“Se já tivéssemos o zoneamento pronto, não teríamos esse problema de assoreamento tão violento”, explica a vereadora. “Se zero for feito para desassorear e dragar o nosso Rio Guaíba, ninguém mais vai velejar neste verão.”
No mesmo vídeo, Fernanda ofídio ações do governo federalista, do Estado do Rio Grande do Sul e da Fepam para iniciar a dragagem do rio. A vereadora acrescenta que, na próxima vez, vai chover menos do que o aglomerado em maio. No entanto, “o estrago será o mesmo”, em razão do assoreamento do rio.
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