O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira, 22, que enviará o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, para as eleições da Venezuela do próximo domingo, 28. Além dele, outros dois observadores eleitorais também devem ir ao país vizinho.
Depois de período em silêncio, Lula e mostrou preocupado com falas autoritárias do ditador Nicolás Maduro. Na quarta-feira 17, Maduro falou em “banho de sangue” e “guerra social”, caso o resultado seja favorável ao opositor Edmundo Gonzáles, quem chamou de “fascista”. O presidente do Brasil ainda enfatizou a prestígio de respeitar os Acordos de Barbados, que garantem a participação plena da oposição.
A enunciação de Maduro veio em um contexto de crescentes denúncias da oposição sobre repressão governamental. A líder oposicionista María Corina Machado, impedida de concorrer, denunciou um projecto de atentado e afirmou que seu segurança foi sequestrado horas antes.
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“Fiquei assustado com as declarações de Maduro de que, se perder as eleições, haverá um banho de sangue”, disse Lula, em entrevista coletiva em Brasília. “Quem perde as eleições toma banho de votos, não de sangue.”
Apesar de Lula ter defendido a presença de observadores internacionais no pleito venezuelano, o silêncio, entre a quarta-feira e esta segunda-feira, do governo brasiliano sobre as declarações de Maduro gerou desconforto na região. Países porquê Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai exigiram o termo da repressão a opositores, enquanto o governo brasiliano minimizou a fala de Maduro porquê verosímil retórica.
Apesar de preocupação de Lula, Brasil só atuará se solicitado
Fontes diplomáticas informaram ao jornal O Universo que o Brasil só atuará na questão se ou Maduro ou a oposição solicitar. Dessa forma, respeitará o espírito dos Acordos de Barbados.
O pacto, mediado pela Noruega e insubmisso por vários países, prevê eleições livres, justas, transparentes e aceitas por ambas as partes. Um diplomata destacou que a eleição venezuelana é uma questão interna e que o Brasil deve receber invitação para evitar a tradução de interferência.
Celso Amorim discutiu a situação venezuelana com o mentor de Segurança dos EUA, Jake Sullivan. A expectativa é que os EUA endureçam as sanções contra Maduro se ele não comportar uma eventual rota. Amorim afirmou que as declarações de Maduro “não são desejáveis” e que acredita que a eleição ocorrerá sem problemas.
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