O Irã expressou seu suporte à soberania da Síria nesta segunda-feira (23) e disse que o país não deve se tornar “um paraíso para o terrorismo” posteriormente a queda do presidente Bashar al-Assad, um coligado de longa data de Teerã.
“Nossa posição de princípio sobre a Síria é muito clara: preservar a soberania e a integridade da Síria e que o povo da Síria decida sobre seu porvir sem interferência estrangeira destrutiva”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baqaei, em uma coletiva de prelo semanal.
Ele acrescentou que o país não deve “se tornar um paraíso para o terrorismo”, dizendo que tal resultado teria “repercussões” para os países da região.
Assad fugiu da Síria no início deste mês, quando as forças rebeldes lideradas pelo grupo islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) entraram na capital Damasco posteriormente uma ofensiva relâmpago.
Liderado por Ahmed al-Sharaa, o novo líder da Síria e ferrenho opositor do Irã, o grupo se manifestou contra a influência da república islâmica na Síria durante o governo de Assad. Teerã ajudou a sustentar Assad durante a longa guerra social da Síria, fornecendo-lhe assessores militares.
Durante a coletiva de prelo de segunda-feira, Baqaei disse que o Irã não tinha “nenhum contato direto” com os novos governantes da Síria. Nesta segunda-feira, uma delegação do Procurar chegou a Damasco para dialogar com o novo governo, e se junta a uma lista de visitantes à capital síria desde que o grupo HTS derrubou Assad.
Delegação da Arábia Saudita visitante a Síria
Uma delegação saudita se reuniu com o novo líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, em Damasco, disse uma natividade próxima ao governo à AFP nesta segunda-feira.
A Arábia Saudita havia dissociado laços com o governo de Assad em 2012 e apoiou os rebeldes sírios que tentavam derrubá-lo no início da guerra social do país. No ano pretérito, porém, Riad restabeleceu os laços com o governo de Assad e foi fundamental para o retorno da Síria à Liga Mouro, pondo término ao seu isolamento regional.
Segundo relatou a natividade à AFP, a delegação saudita se reuniu com Ahmed al-Sharaa no domingo (22) em Damasco para discutir a situação política da Síria e a droga captagon. O narcótico semelhante à anfetamina foi o maior resultado de exportação da Síria durante o governo de Assad, transformando o país em um dos maiores estados narcotraficantes do mundo.
A Arábia Saudita tornou-se um importante mercado para o captagon, uma droga viciante para a qual há uma enorme demanda no Golfo, rico em combustíveis fósseis.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito