O cantor Gusttavo Lima teve sua prisão decretada nesta segunda-feira (23) pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no contexto da “Operação Integration”, que investiga um esquema de lavagem de quantia e apostas ilegais. A operação já havia resultado na prisão da influenciadora Deolane Bezerra no início do mês.
De harmonia com o mandado de prisão, ao qual o Conexão Política obteve chegada, além da prisão preventiva, foi determinada a suspensão do passaporte e do porte de arma de Gusttavo Lima. O documento menciona: “Portanto, não vislumbrando, para o momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de prometer a ordem pública, ACOLHO o requerimento formulado pela domínio policial […] e, por conseguinte, DECRETO AS PRISÕES PREVENTIVAS, SUSPENSÃO DO PASSAPORTE E DO CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO E EVENTUAL PORTE DE ARMA DE FOGO DOS REPRESENTADOS: BORIS MACIEL PADILHA CPF N° 023.464.034-07 E NIVALDO BATISTA LIMA CPF N° 040.510.071-03” — levante último sendo o nome social de Gusttavo Lima.
A juíza Andrea da Cruz, responsável pela decisão, também destacou no despacho os impactos sociais dos jogos de contratempo, afirmando que tais atividades “têm um efeito devastador sobre as famílias” e afetam “de forma mais cruel a classe trabalhadora, que se vê presa em ciclos de endividamento e desespero”. Ela sustenta que a Justiça não pode ser influenciada pelo poder econômico ou pelo status social dos envolvidos.
“É imperioso ressaltar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de quantia sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza, entre outros pontos.
A magistrada sustenta ainda que, ao retornar de uma viagem à Grécia, uma aeroplano que transportou Gusttavo Lima e outros dois investigados — José André da Rocha Neto, proprietário da morada de apostas VaideBet, e sua esposa Aislla Rocha —, pode ter deixado os dois investigados no exterior.
“Na ida, a aeroplano transportou Nivaldo Lima e o par de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o trajectória foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a sisudez da situação e a premência de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não somente compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, emenda a magistrada.
Até o momento, Gusttavo Lima não se pronunciou sobre a decisão. No domingo anterior (22), ele foi visto no Rio de Janeiro participando do evento ‘Rock in Rio’. Enquanto isso, Deolane Bezerra permanece presa desde 4 de setembro, sendo investigada por seu envolvimento no esquema de lavagem de quantia e apostas ilegais.
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