As duas mulheres que foram as primeiras presidentas do Brasil e do Chile se encontraram nesta segunda-feira (22) para investigar temas porquê os impactos das mudanças climáticas, governança com participação do Estado, melhorias de condições de vida para populações menos assistidas.
A ex-presidenta do Brasil e presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, e a ex-diretora executiva da ONU Mulheres e ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, participaram no Rio de Janeiro da brecha do encontro States of the Future, evento paralelo do G20, fórum internacional que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
No evento, Dilma Rousseff identificou o financiamento porquê uma barreira para os países em desenvolvimento enfrentarem as crises em todas as áreas e ao mesmo tempo atingirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pelas Nações Unidas. “As condições globais de financiamento, além de reduzidas, são proibitivas, devido aos riscos cambiais e às taxas de juros elevadas praticadas nas economias centrais que colocam em risco a segurança financeira. O espaço fiscal é crucial para prometer os recursos necessários para que governos consigam investir simultaneamente em ações de desenvolvimento e combate às mudanças climáticas, além de satisfazer os ODSs”, destacou.
Na visão da presidente do banco dos Brics, o peso da dívida pública nos países em desenvolvimento representa um travanca ao investimento. “Uma vez que as dívidas crescem de forma excessiva e rápida. Os pagamentos de juros dos países em desenvolvimento têm aumentado mais rapidamente do que os gastos públicos em saúde, ensino e investimentos na última dezena, portanto, para financiar a luta contra as desigualdades e as mudanças climáticas desastrosas o mais importante repto é abordar o enorme vestuário das dívidas sobre os países de média e baixa renda”, assegurou.
De concordância com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, embora porquê grupo, os países do sul global, tenham conquistado uma maior parcela do PIB mundial desde 2008, o protecionismo tecnológico, a falta de cooperação e inovação global insuficiente representam dificuldades nos esforços dessas nações para a desenvolverem a industrialização, a reindustrialização ou a modernização industrial.
“Financiamento para o desenvolvimento, transferência de tecnologia, política industrial, que são extremamente relevantes para nossos países obterem desenvolvimento sustentável, estão cada vez mais marginalizados na agenda internacional do pensamento dominante”, disse.
Dilma destacou que apesar dos frequentes apelos e promessas de pedestal ao desenvolvimento sustentável, faltam ações concretas para de forma efetiva prometer o enfrentamento dos desafios urgentes, porquê mudança climática, mecanismos de superação, de adaptação e de mitigação, pandemia, pobreza, e sobretudo a imensa desigualdade “que assola nossos países e atinge de forma mais contundente os países mais pobres”.
Crises humanitárias
Michelle Bachelet disse que os tempos de crises humanitárias por que passam alguns lugares do mundo porquê em Gaza, Ucrânia e Haiti são desafios que precisam ser enfrentados, muito porquê das transferências de populações dos seus países por justificação dos efeitos das mudanças climáticas ou da rafa. “Questões de desigualdades e de direitos humanos e divisões que se aprofundaram nos países é uma fragmentação muito importante no cenário geopolítico”, observou.
A ex-presidente do Chile chamou atenção para o vestuário de que não se pode olvidar dos riscos de novas pandemias e de novas transformações econômicas e tecnológicas, mormente, no caso da perceptibilidade sintético. “Gera muita esperança e oportunidades, mas em mãos erradas pode trazer desafios muito complexos”.
Para Bachelet, todas essas questões são urgentes, mas as mudanças estruturais são muito grandes para serem enfrentadas por unicamente uma país. Por isso, segundo ela, é necessário encontrar soluções multilaterais. “No horizonte precisamos de relações multilaterais, que possam se juntar para enfrentar desafios emergentes e tentar um aprouch que sejam articulados”, analisou.
“Unilateralismo não tem lugar no século XXI, precisamos de mais multilateralismo e há ventos fortes nesta direção”, pontuou, acrescentando que esse sistema multilateral tem que proteger as democracias e preservar os direitos humanos.
“Cá na América Latina vemos que cada vez mais cresce o número de pessoas que pensam que em vez de um governo democrático, precisa de um governo dominante que responda às suas questões, o que é uma tragédia, porque a gente tem uma responsabilidade política para que a convívio democrática seja melhorada”, alertou.
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