O deputado federalista Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), propôs ao setor a paralisação da entrega de carnes ao Carrefour no Brasil. A sugestão é uma tentativa de retaliação à rede de supermercados em seguida o CEO da empresa ter anunciado que as lojas da França não vão vender carnes de países do Mercosul. O parlamentou ainda chamou essa decisão da empresa de “lacração”.
“Não aceitamos e não aceitaremos. Se a mesocarpo brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas as suas outras empresas cá no Brasil, elas servem também para a Europa. Sugiro e já conversei, inclusive, com as entidades de produtores de proteína, de mesocarpo, que parem de entregar os seus produtos para o Carrefour e para as demais marcas dessa empresa cá no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor rústico brasílio”, disse Lupion em vídeo publicado no Instagram nessa sexta-feira (22).
Segundo Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, a medida seria uma forma de privilegiar produtores franceses, que passam por dificuldades no setor agrícola. A decisão, no entanto, desagradou produtores rurais sul-americanos.
Para o parlamentar, a medida serve porquê forma de desvirtuar as negociações de conciliação Mercosul-União Europeia. Atualmente, a França é o maior entrave para a desfecho do conciliação mercantil.
“Essa questão do Carrefour é mais uma tentativa de lacração dos franceses, que tentam conversar e atender os anseios dos seus produtores rurais e nem isso conseguem. Vimos uma vaga de protestos na União Europeia, justamente contra medidas mais restritivas à produção agropecuária, e agora eles vêm produzir regras para nós, produtores brasileiros ou produtores do Mercosul, numa tentativa de desvirtuar o conciliação União Europeia-Mercosul”, afirmou.
Depois o proclamação, o Carrefour incentivou outros mercados franceses a fazerem o mesmo. O Grupo Les Mousquetaires, por exemplo, também anunciou que irá boicotar as carnes bovinas, suínas e aves produzidas em países da América do Sul em universal.
“Lá na Europa, 0,002% da exportação de carnes foi para a França, especificamente. É um contendor estridente e que gosta de lacração. Nós não aceitamos […] o Carrefour voltará detrás, porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos consumidores e dos produtores brasileiros”, completou Lupion.