O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Panamá de cobrar taxas “exorbitantes” nas passagens pelo Meio do Panamá e ameaçou reassumir o controle da hidrovia. Os comentários foram feitos em duas publicações na rede social Truth Social no sábado (21).
“As taxas cobradas pelo Panamá são ridículas, principalmente sabendo da extraordinária nobreza que foi concedida ao Panamá pelos EUA”, escreveu Trump.
Em outra postagem, acrescentou: “Se os princípios, tanto morais porquê jurídicos, deste gesto magnânimo de doação não forem retribuídos, logo prosseguiremos exigindo que o Meio do Panamá nos seja devolvido, na íntegra e sem quaisquer perguntas. Aos funcionários do Panamá, por obséquio, sejam orientados de contrato!”, advertiu.
Ele sugeriu uma crescente influência chinesa na região. “Quando o ex-presidente Jimmy Carter, durante seu procuração, tolamente deu tudo de perdão, era para somente o Panamá gerir, não a China ou qualquer outro país”, continuou.
Os EUA continuam sendo o principal usuário do via, enquanto a China — o segundo maior usuário — atua porquê uma nascente primária de produtos transportados pela hidrovia.
A influência da do país asiático na região só cresceu desde 2017, quando o Panamá cortou laços com Taiwan, visando o desenvolvimento de um relacionamento diplomático com a China.
Nas postagens, Trump também manteve o interesse dos EUA na “operação segura, eficiente e confiável” da hidrovia sob um contrato anterior entre os EUA e o Panamá, mas ameaçou agir se sentir que o “gesto de doação” não está sendo respeitado.
Entenda mais sobre a história do Meio
A hidrovia, um importante ponto de trânsito global que liga os oceanos Pacífico e Atlântico, foi construída pelos Estados Unidos durante a governo do presidente Teddy Roosevelt.
Um fator-chave na subida do poder geopolítico norte-americano no início do século XX, o Meio foi mantido e controlado pelos EUA até que uma série de tratados durante o governo de Carter levou a uma transferência gradual da governo do Meio para o Panamá – que não foi concluída até 1999.
Os EUA ainda mantêm o recta de se proteger contra qualquer ameaço à neutralidade do Meio sob os termos do Tratado de Neutralidade, ratificado pelo Senado dos EUA em 1978.
No entanto, analistas do Center for Strategic and International Studies acreditam que a extensão das relações comerciais chinesas na região exigiria uma estratégia significativa dos EUA para substanciar a própria presença no Panamá e ao volta do Meio.