O presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), Luís Roberto Barroso, deu ao governo de São Paulo cinco dias para que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresente mais detalhes sobre o contrato de novas câmeras corporais adquiridas pelo estado paulista para a Polícia Militar.
A decisão foi expedida nesta quinta-feira (21). Em setembro, o governo de São Paulo assinou o contrato para a obtenção de 12 milénio novas câmeras corporais. A licitação foi vencida pela empresa Motorola Solutions. Procurada sobre a decisão do STF, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, disse, em nota, que a pasta não havia sido notificada até esta quinta e, “tão logo seja comunicada, prestará as devidas informações”.
Os equipamentos, conforme já afirmado por Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), não farão as gravações de forma ininterrupta.
O encarregado da pasta afirma, no entanto, que os equipamentos vão ser acionados durante as ocorrências. Os valores previstos com os novos equipamentos são da ordem de R$ 4,3 milhões mensais e um totalidade de R$ 105 milhões, com duração de 30 meses, contados a partir de 18 de setembro de 2024. Na decisão, o ministro Barroso determinou que a gestão estadual anexe, nos autos, o texto do contrato com a Motorola Solutions na íntegra, além de todos os outros acordos vigentes para o fornecimento de câmeras corporais; e pede para que se apresente um cronograma detalhado de realização do contrato, incluindo informações sobre testes, treinamento e capacitação à implantação dos novos equipamentos.
O presidente do STF determina também a entrega de relatórios detalhados “sobre todos os testes realizados” com as novas câmeras e que a gestão estadual forneça informações sobre o cronograma de uso do software que permitirá a gravação no padrão “remoto automático”. O padrão começa a gravação quando detecta o som de estrépito de tiro, muito porquê quando o equipamento se aproxima ao relâmpago de 50 metros de uma posição georreferenciada de ocorrência em curso.
No último dia 10, a Defensoria Pública de São Paulo enviou um documento pedindo para que o STF obrigue o governo paulista a adotar câmeras em fardas de policiais militares envolvidos em operações.
*AE
