A Polícia Federalista (PF) concluiu, nesta quinta-feira (21), o questionário que investiga a alegada existência de uma organização criminosa que teria atuado para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo em 2022.
O relatório final já foi guiado ao Supremo Tribunal Federalista (STF) e inclui uma lista de indiciados por crimes uma vez que anulação violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado e organização criminosa. Entre os citados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e o ex-ministro Braga Netto.
A inclusão de nomes de generais e militares de subida patente na investigação expõe a crise e a fragilidade pelas quais passam as Forças Armadas em um momento decisivo para o país. Porém, até o momento, nenhuma revelação foi feita pela Marinha, Aviação ou Tropa, o que levanta questionamentos sobre a postura de seus comandantes.
Os atuais líderes das Forças Armadas, nomeados pelo presidente Lula, permanecem em silêncio integral, deixando seus colegas de farda à mercê das acusações e das narrativas que se intensificam. Essa preterição tem gerado indignação em muitos setores, sendo vista uma vez que um verdadeiro vexame.
Fica evidente que o sistema procura associar qualquer narrativa provável para atingir Jair Bolsonaro, reforçando um movimento direcionado a prendê-lo a qualquer dispêndio. Essa tentativa, que já era esperada, expõe o uso político das instituições para solidificar uma agenda que criminaliza a oposição e desestabiliza aliados do ex-presidente.