Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) homenagearam, nesta sexta-feira (22), na Câmara dos Deputados, o bolsonarista Cleriston Pereira da Cunha, publicado porquê “Clezão”, que foi recluso por envolvimento nas invasões do 8 de janeiro do ano pretérito e morreu no Multíplice Penitenciário da Papuda depois um mal súbito, em novembro do mesmo ano.
A solenidade em referência ao extremista vem à tona em meio ao cenário de desgaste da figura de Bolsonaro diante do sistema de Justiça, que teve porquê vértice o indiciamento do ex-capitão pela Polícia Federalista (PF) na quinta (21).
A sessão em homenagem a Cleriston Cunha foi presidida pela deputada federalista Bia Kicis (PL-DF), uma das principais apoiadoras de Bolsonaro na Câmara. “O pedido de sua soltura foi guiado ao ministro Alexandre de Moraes no final de agosto. O ministro, porém, não se deu ao trabalho de analisá-lo. Dada a seriedade do estado de Clezão, a preterição do ministro equivaleu a uma sentença de morte. Marido amantíssimo, pai e rebento amoroso, cidadão amante do seu país, rebento afetuoso, irmão, o Clezão, com seu calvário pessoal, tornou-se um símbolo da luta mais decisiva e urgente hoje travada pelo povo brasiliano: a luta pela liberdade contra a tirania”, disse Bia Kicis.
O exposição da deputada se situa no contexto em que a lado bolsonarista segue mirando Moraes porquê principal branco político do segmento – o magistrado conduz, no contextura do Supremo Tribunal Federalista (STF), diferentes inquéritos que miram bolsonaristas, entre eles as investigações sobre disseminação de fake news, milícias digitais e os atentados ao três Poderes.
Paralelamente, a enunciação de Bia Kicis tem relação também com a tentativa de aliados do ex-presidente de converterem a figura de Cleriston Cunha em uma espécie de vítima dos apoiadores de Bolsonaro. Durante a sessão solene desta sexta, foi exibido um vídeo com trilha sonora emotiva e depoimentos de familiares em homenagem ao morto. “Quem não se emociona com isso já morreu e se esqueceu de tombar”, disse Kicis, dizendo-se emocionada diante do material audiovisual.
Cunha tinha 46 anos, era empresário e pertencente a uma família de políticos do interno da Bahia. Ele estava recluso preventivamente por mandamento do Supremo Tribunal Federalista (STF) e veio a óbito na prisão enquanto tomava um banho de sol. Posteriormente ajudar a depredar os prédios dos três Poderes durante as invasões do 8 de janeiro, Cunha respondia judicialmente pelos crimes de anulação violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Edição: Nathallia Fonseca