O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disparou críticas ao juiz Marcelo Bretas pelo X (macróbio Twitter) e acabou trocando ofensas com o ex-juiz Sergio Moro. Paes deu início à treta, chamando Bretas de “delinquente”. Moro, que era colega do juiz e hoje é senador pelo União Brasil do Paraná, tomou as dores e respondeu ao prefeito: “Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”.
Paes, portanto, retrucou: “Vocês dois [Bretas e Moro] são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a devassidão graças à sede politica de ambos. Você ainda conseguiu um ocupação de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí [Bretas] nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro, que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente”.
E completou: “Recolha-se a sua insignificância. Cá você não cresce! Lixo!”.
Na primeira publicação, Paes comentou um texto de Bretas que comentava indiretamente a tentativa de golpe de Estado em 2022 com a frase: “Delinquente sendo delinquente”.
No texto, Bretas elencou regras aplicáveis para estimar a relevância de uma ação criminosa e concluiu que não há punição se o violação não chega, pelo menos, a ser tentado.
As considerações de Bretas vão na mesma risco da enunciação esta semana feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse que “pensar em matar alguém não é violação”.
Ele comentava a operação da PF deflagrada na terça-feira (19/11) para prender agentes suspeitos de querer dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022 e de planejar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); e o ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes.
“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é violação. E, para possuir uma tentativa, é preciso que sua realização seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, afirmou Flávio Bolsonaro.