A Polícia Federalista (PF) divulgou nesta quinta-feira (21) o relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que culminou com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do primeiro escalão de seu governo foram indiciados por tentativa de supressão violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado e organização criminosa.
De congraçamento com o documento, a tentativa de golpe teria sido tramada em 2022, para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma vez que presidente da República depois sua vitória contra Bolsonaro nas urnas em novembro daquele ano.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou o general da suplente do Tropa Walter Braga Netto, que chefiava a Mansão Social; o general da suplente Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Sucursal Brasileira de Lucidez (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL; e mais 32 nomes. Leia cá a relação completa.
De congraçamento com a advogada Tânia Maria Saraiva de Oliveira, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o relatório é o primeiro passo para a denúncia dos acusados. “As investigações apontaram que os indiciados fizeram uma partilha de tarefas. Isso gera o que a gente labareda de individualização de conduta, com cada um respondendo de forma dissemelhante pelos crimes, que são de supressão violenta do Estado Democrático de Recta, de golpe de Estado e de organização criminosa”, explicou.
Agora, o relatório será entregue para a Procuradoria Universal da República (PGR), que vai determinar o material e sentenciar se apresenta ou não a denúncia ao Poder Judiciário.
Se a PGR sentenciar pela denúncia, o processo será guiado para o Supremo Tribunal Federalista (STF), uma vez que já existe um interrogatório sobre os atos antidemocráticos na Galanteio, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Edição: Nicolau Soares