O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a declarar que o atual gerente do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), utiliza “desculpas” para evitar trespassar às ruas e enfrentar vaias.
A enunciação foi feita depois rumores de que Lula estaria alegando cansaço e preocupações com segurança para justificar sua escassez em comícios de aliados durante o período eleitoral que antecede o primeiro vez. “O eleito pelas urnas: olha a desculpa de quem não pode pisar na rua sem ser vaiado”, ironizou Bolsonaro.
A escassez de Lula tem gerado frustração na cúpula do PT, que contava com uma maior engajamento do presidente para tentar ocupar ao menos uma prefeitura de capital. Desde a última eleição, em 2020, o partido foi derrotado em todas as capitais, e, uma vez que tem mostrado o Conexão Política, a situação se agravou.
Atualmente, nenhum candidato petista lidera de traje nas capitais, e o único coligado com chances concretas de vitória é João Campos (PSB), no Recife. Com exceção dele, o lulopetismo corre o risco de ser completamente derrotado em todo o país, sem sequer chegar ao segundo vez em diversas cidades.
O PT gostaria de ver Lula presente em campanhas-chave, uma vez que as de Porto Jubiloso (RS), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Natal (RN) e Goiânia (GO), à semelhança do que Bolsonaro tem feito. No entanto, isso não está acontecendo.
Segundo fontes de bastidores, Lula estaria gorado com o resultado das pesquisas. A tendência, se confirmada, é de uma guia avassaladora no dia 6 de outubro. Embora o presidente alegue razões importantes para não comparecer às agendas políticas, ele tem mantido compromissos internacionais.
A única cidade que Luiz Inácio ainda deve visitar antes do primeiro vez, para uma agenda eleitoral ampla, é São Paulo. A vitória de Guilherme Boulos (PSOL) é prioridade para o esquerdista neste ano. No entanto, Boulos não lidera nas pesquisas, com os nomes de Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) ganhando força. No caso de Nunes, sua vantagem tem se consolidado a cada novidade pesquisa, o que sugere que Boulos pode ter atingido um teto e encontrará dificuldades para ampliar seu eleitorado.
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