Jovem Pan e apresentador Emílio Surita investigados por suposta imitação homofóbica de jornalista da Mundo
Denúncia e Contexto
Embora o apresentador não tenha citado o nome de Marcelo Cosme, outros membros do elenco confirmaram que a imitação era direcionada ao jornalista. Marcelo, por sua vez, fez um desabafo público:
“A gente nunca espera ser branco de discriminação, mesmo que ela esteja ali, sempre uma vez que um fantasma para quem é da comunidade LGBTQIA+. A gente também não se acostuma com o preconceito, ainda que ele faça secção do cotidiano.”
Investigação e Depoimentos
O interrogatório já conta com os depoimentos de Marcelo Cosme, Emílio Surita e Amanda Paschoal. A denúncia foi acolhida pela Polícia Federalista, e o procurador Renato Pereira de Oliveira determinou a brecha de investigação para apurar possíveis crimes previstos no cláusula 20 da Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).
Aliás, o caso traz agravantes: não é a primeira vez que o programa Pânico enfrenta acusações de homofobia. Em 2019, Gustavo Mendes, plagiário da ex-presidente Dilma Rousseff, foi branco de piadas envolvendo artistas LGBTQIA+ e insinuações sobre o uso de AZT, medicamento para tratamento da AIDS. À estação, o caso não avançou judicialmente, pois o Supremo Tribunal Federalista só passou a equiparar homofobia e transfobia à injúria racial em 2023.
Multa e Sorte dos Recursos
Se condenados, Emílio Surita e a Jovem Pan poderão ser obrigados a remunerar uma indenização superior a R$ 3 milhões, revertida integralmente para associações que apoiam a pretexto LGBTQIA+. O processo segue sob sigilo de Justiça.