O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou testemunho nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federalista (STF), esclarecendo pontos de incoerência apontados pela Polícia Federalista em seus relatos anteriores. A audiência, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, durou tapume de três horas, terminando por volta das 16h50.
Decisão favorável
Em seguida ouvir Cid, Moraes decidiu manter os benefícios do entendimento de delação premiada, considerando que os esclarecimentos apresentados foram suficientes para responder às questões levantadas. Caso os termos tivessem sido revogados, o militar poderia voltar à prisão, mas seu legista, Cezar Bittencourt, confirmou que ele seguirá em liberdade e retornará para morada.
Pontos abordados no testemunho
O testemunho centrou-se nas contradições entre declarações anteriores de Cid e as investigações da Polícia Federalista relacionadas à operação ‘Contragolpe’.
A ação revelou, na última terça-feira (19), um suposto projecto articulado por militares para “executar” Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
Cid negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre o esquema, mas a possibilidade de preterição inicial levantou dúvidas, levando a PF a notificar o STF sobre provável descumprimento do entendimento de delação.
Próximos passos
Embora tenha mantido os benefícios do entendimento, Moraes destacou que as informações fornecidas por Mauro Cid continuam sob estudo pelas autoridades competentes. A apuração deve verificar a verdade dos dados apresentados e seu impacto na investigação do caso.
O testemunho, iniciado pontualmente às 14h, foi considerado um momento crucial para a perpetuidade do entendimento de delação, mormente em meio às tensões sobre as responsabilidades do grupo militar envolvido no suposto projecto de ataques. E mais: BNDES obtém empréstimo de R$ 4 bilhões da China. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Natividade: Poer360; G1)