Minas Gerais vive um dos piores cenários de incêndios florestais dos últimos 14 anos, com mais de 3,6 milénio focos de incêndio em vegetação registrados no início de 2024, segundo dados do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse é o maior número de ocorrências para o período desde 2010.
Em resposta à sisudez da situação, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais mobilizou, nesta quarta-feira (21), mais duas aeronaves especializadas no combate a incêndios florestais. Pelo menos oito Unidades de Conservação em todo o estado estão sendo atingidas por incêndios de grandes proporções.
Na região medial de Minas, a Serra do Cipó, localizada em Santana do Riacho, já enfrenta mais de três dias consecutivos de combate às chamas, que começaram no domingo. Um levantamento preparatório aponta que o Parque Vernáculo da Serra do Cipó e a Serra da Moeda já perderam mais de milénio hectares de vegetação.
Estava a demorar a chegada dos incêndios… zona Núcleo já está em palpos de aranha… #eunaopercebonadadisto#fogonafloresta pic.twitter.com/1OGPwlu5MH
— José Manuel Costa (@JoseMGCosta) August 16, 2024
Os bombeiros, que atuam incansavelmente na região, conseguiram controlar o progressão do queima que ameaçava o município de Santana do Riacho e as comunidades de Serra Morena e Mãe D’Chuva. Até o momento, as autoridades não recomendaram evacuação, mas o Parque da Serra do Cipó foi fechado para visitação devido ao risco e à fumaça densa, sem previsão de reabertura.
As investigações iniciais apontam para a possibilidade de incêndio criminoso. O coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do ICMBio, João Paulo Morita, explicou que, além dos bombeiros, o instituto enviou aeronaves para estribar as operações. “Foram múltiplos focos de incêndio que começaram ali próximos ao km 120 da rodovia MG-010 e acabaram se espalhando por toda aquela região, inclusive atingindo o Parque Vernáculo da Serra do Cipó”, relatou Morita.
Ele destacou que, embora a situação tenha melhorado, com os focos de incêndio controlados, ainda há risco de reignição. “O trabalho agora é extinguir todos os pontos quentes restantes para evitar que as chamas ressurgem”, explicou.
A Serra do Cipó, com uma extensão de 33.800 hectares, é um importante refúgio para espécies ameaçadas da flora e fauna brasileiras, além de ser um sorte turístico sabido por suas paisagens e pela terceira maior catadupa do país. Além da Serra do Cipó, outras sete unidades de conservação em Minas Gerais também estão em chamas. E mais: Mourão assume que ‘estava traído redondamente’ ao expor que Brasil vive ‘democracia pujante’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Natividade: CBN)
Um incêndio que começou no domingo (18) destruiu segmento da vegetação da Serra do Cipó, em MG. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram mobilizados 18 militares, cinco viaturas e uma equipe especializada em incêndios florestais para combater o queima. #BastidoresCNN pic.twitter.com/6snhnbqyCc
— CNN Brasil (@CNNBrasil) August 20, 2024
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