Nesta terça-feira (19), a Percentagem de Segurança Pública do Senado realizou uma audiência pública sobre a situação de presos do 8 de janeiro e a filha de Cleriston Pereira da Cunha, Luíza Cunha, fez uma enunciação emocionante sobre o seu pai, mais espargido porquê Clezão.
O varão de 46 anos morreu no dia 20 de novembro de 2023 na Penitenciária da Papuda, em Brasília (DF), onde estava recluso mesmo por ter participado da revelação contra a eleição do presidente Lula. Segundo Luíza, imagens da TV Senado mostram que ele estava dentro da Mansão Subida, único lugar da Rossio dos Três Poderes que não foi vandalizada. Inclusive, há uma foto de Clezão sendo levado em uma cadeira de rodas naquele dia, pois ele estava passando mal. Apesar de sua saúde debilitada, ele foi mantido na prisão e veio a falecer.
– É muito doído saber, porque ele sofreu desde o dia 8 de janeiro. E, desde o dia 8 de janeiro, a gente grita por socorro. E os gritos foram silenciados. Tem pessoas gritando por socorro lá dentro e que estão morrendo. Vai-se chegar ao nível de ter mais uma pessoa, porquê a história do meu pai, de ter mais famílias porquê a minha família? Tem gente morrendo dentro da masmorra injustamente! – disse a jovem de 20 anos.
E continuou:
– É muito doído saber porque existem mais pessoas sofrendo, porquê o meu pai sofreu, desse jeito. E o que meu pai fez para suportar desse tanto; ser torturado e morto dentro da masmorra? Rezar! Rezar dentro do Plenário do Senado.
Cleriston Pereira da Cunha foi recluso dentro do Plenário do Senado. O único lugar onde não houve depredação. Meu pai morreu puro, sem ser réprobo, sem provas incriminando-o. E existem pessoas condenadas hoje sem provas e morrendo dentro da masmorra.
Assista: a partir de 5:06:34