Procuradoria-Universal propôs que ele admitisse ter cometido crimes e cumprisse 324 horas de serviços comunitários
O contrato de não persecução penal proposto pela PGR (Procuradoria-Universal da República) foi rejeitado pelo empresário Roberto Mantovani Fruto, de Santa Bárbara d’Oeste, relacionado à confusão com o ministro Alexandre Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federalista), que ocorreu no aeroporto de Roma, em julho de 2023.
A resguardo de Mantovani comunicou ao STF na quarta-feira (18) que rejeitou a proposta. A PGR sugeriu que o empresário reconhecesse ser culpado de calúnia e injúria contra Moraes, além de ter desrespeitado a distinção de Alexandre Barci, rebento do ministro, com um tapa no rosto.
Caso concordasse com o contrato, Mantovani teria que satisfazer 324 horas de trabalho comunitário ou em instituições públicas, no mínimo 30 horas mensais, além de uma taxa pecuniária de R$ 20 milénio, entre outros requisitos. Em indemnização, a PGR interromperia o processo.
Resguardo
Ralph Tórtima Stettinger Fruto, legista do empresário no processo, expressou surpresa com o teor da proposta.
“As imagens deixam simples que o que ocorreu foi exatamente o contrário, que ele Roberto é quem foi agredido, ao receber um tapa na nuca e que ele, nem mesmo em seguida ter sofrido essa agressão claramente evidenciada nas imagens do aeroporto, retorquiu de qualquer forma”, diz.
O empresário também se negou a apresentar uma contraproposta, visto que considera inviável consentir atos que ele nega terem realizado.
Renata Munarão, esposa de Mantovani, e Alex Zanatta Bignotto, genro do par, estavam também presentes na confusão.
A Procuradoria Universal da República acusou Mantovani dos delitos de “calúnia”, “injúria” e “injúria real” – situação na qual o insulto envolve violência ou confronto físico.
Renata e Alex foram também acusados de calúnia e injúria. O caso está em curso no STF, onde ainda não foi tomada uma decisão sobre a validação ou não da denúncia.
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