Dados divulgados pelo Recenseamento da Ensino Superior 2023 mostram que, na Universidade Federalista do Paraná (UFPR), os estudantes que ingressaram por meio do sistema de cotas alcançaram uma taxa de desfecho de graduação mais subida do que os alunos que não são cotistas. Enquanto a média universal de desfecho na UFPR foi de 57%, os alunos cotistas registraram um índice de 67%, superando a taxa de 52% entre os não cotistas.
A pesquisa, realizada pelo Ministério da Ensino (MEC) e pelo Instituto Pátrio de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), também revelou dados semelhantes no contextura do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Alunos beneficiados pelo programa apresentaram uma taxa de desfecho de 49%, enquanto entre os não beneficiados, o índice foi de 34%.
A política de cotas, instituída pela Lei nº 12.711/2012 e atualizada em 2023, destina metade das vagas das universidades federais a estudantes de baixa renda, além de prometer suplente para quilombolas, pessoas com deficiência e autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. A reforma da lei, aprovada neste ano, também fortaleceu ações de permanência acadêmica, com ênfase em escora psicológico e assistência financeira para cotistas.
Impacto das políticas de inclusão
Na UFPR, o aumento das taxas de desfecho é visto porquê um revérbero direto da implementação dessas políticas de inclusão. “Esses números mostram o sucesso das políticas de cotas. Eles refletem que os estudantes cotistas não exclusivamente ocupam suas vagas, mas conseguem concluir seus cursos com um desempenho inaudito”, afirma Júlio Gomes, Pró-reitor de Graduação da universidade.
A universidade, por meio da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Prae) e da Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Pluralidade (Sipaf), implementou programas para ajudar na permanência dos cotistas, incluindo bolsas de estudo, auxílio sustento e seguimento psicológico. Esses esforços visam combater a evasão e prometer que os alunos enfrentem menos barreiras durante sua trajetória acadêmica.
Inclusão transforma vidas
A experiência de Patrick Rodrigues, formado em Design de Produtos, ilustra o impacto das políticas de inclusão na vida dos estudantes. Aluno cotista de baixa renda, Patrick afirma que o suporte da Prae foi necessário para sua permanência na universidade. “As políticas de permanência foram fundamentais para eu conseguir continuar na faculdade, mormente em um curso que demanda muitos gastos com materiais e impressões”, relata.
Ana Laura, estudante de Medicina e cotista PCD, destaca a valimento do sistema de cotas para seu ingresso na universidade. “Sem a lei de cotas, eu nunca teria conseguido entrar na universidade. Essas ações são fundamentais para prometer que todos tenham as mesmas oportunidades de aproximação ao ensino superior”, afirma.
Desafios e Avanços
Mayane Santos, estudante de Serviço Social e a primeira de sua família a ingressar em uma universidade pública, também é beneficiária do sistema de cotas. Embora reconheça a valimento das cotas para prometer o aproximação ao ensino superior, ela aponta a premência de um maior investimento na qualidade da ensino. “Atualmente, a lei de cotas é fundamental para permitir o aproximação de alguns grupos ao ensino superior. Ela é uma ótima medida provisória. Mas ainda há a premência de mudança nas políticas públicas atuais para prover aproximação à ensino de qualidade”, afirma.
*A material foi produzida com informações da UFPR, por Gabriel Maia.
Nascente: BdF Paraná
Edição: Mayala Fernandes